Roubo de carros teve queda significativa em 2024
Situação reflete a complexidade de enfrentar crimes impulsionados por fatores como o comércio ilegal de peças e o tráfico de automóveis para países vizinhos.
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No primeiro semestre de 2024, o roubo de carros no Brasil apresentou uma redução, mas ainda representa um desafio significativo. Modelos como o Volkswagen Gol, o Hyundai HB20 e o Fiat Uno continuam sendo os principais alvos dos criminosos.
A situação reflete a complexidade de enfrentar crimes impulsionados por fatores como o comércio ilegal de peças e o tráfico de automóveis para países vizinhos.
Apesar da queda de 20% no número de furtos e roubos em comparação a 2023, com 31.172 ocorrências registradas, o Volkswagen Gol liderou os incidentes, com 2.533 casos.
A atratividade desses modelos para o mercado negro é impulsionada por sua popularidade e facilidade de desmontagem, pelo que a questão continua a ser uma preocupação relevante para as autoridades.
Gol foi o carro mais roubado em 2024
Produzido de 1980 a 2022, o Volkswagen Gol é um alvo preferencial devido à sua ampla aceitação e às suas características de acessibilidade e versatilidade.
Mesmo com a diminuição dos números, de 3.462 em 2023 para 2.533 em 2024, o Gol permanece proeminente nas estatísticas de roubo. Sua popularidade é aliada a um design que facilita sua desmontagem e venda de peças no mercado paralelo.
Semelhantemente, o Hyundai HB20 e o Fiat Uno seguem como alvos, registrando 1.773 e 1.749 ocorrências, respectivamente.
A confiabilidade e as características atraentes destacam esses modelos no mercado, enquanto sua procura por peças alimenta o comércio ilegal.
Roubo de caminhonetes está aumentando
Um aumento alarmante foi observado no roubo de caminhonetes, especialmente no terceiro trimestre de 2024. O crescimento de 85,9% em relação ao ano anterior é puxado pela demanda por motores a diesel no mercado negro.
Modelos como a Toyota Hilux, Fiat Toro e Volkswagen Amarok estão entre os mais afetados. Em áreas fronteiriças, como Mato Grosso e Paraná, o tráfico de veículos para países vizinhos contribui significativamente para o incremento desses crimes.
Esses veículos são frequentemente trocados por mercadorias ilegais ou vendidos a preços baixos, integrando um ciclo de crime complexo que desafia estratégias de segurança.
A região também experimenta o contrabando, agravando ainda mais a questão.
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Desafios enfrentados pelas autoridades
Grandes centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro registram as maiores taxas de roubo e furto, demandando esforços contínuos de reforço na segurança.
Em São Paulo, 29.000 casos foram registrados entre janeiro e março de 2024. Esse número reflete o desafio contínuo enfrentado pelas autoridades, já que esses locais são mercados-chave para o comércio ilegal.
O Plano Nacional de Segurança Pública visa reduzir as taxas de roubo e furto de veículos até 2030, mas atingir isso exige superação de barreiras significativas.
As tecnologias de segurança avançada têm mostrado eficácia, mas os criminosos adaptam-se rapidamente, utilizando métodos que inibem esses sistemas.
Principais fatores por trás dos números de roubos de carro
Os veículos mais antigos, especialmente com mais de 10 anos, continuam a ser os prediletos para roubo devido à ausência de sistemas de segurança modernos. Estatísticas mostram que mais de 45% dos carros roubados caem nessa faixa etária.
Além disso, o período noturno concentra um número maior de incidentes, indicando um padrão que necessita ser abordado com estratégias de vigilância e segurança reestruturadas.
Ainda que tenha havido progressos, questões como a demanda constante por peças no mercado negro e a distribuição geográfica dos crimes indicam que a batalha contra o roubo de veículos ainda está longe de encontrar uma solução definitiva.
Portanto, o fortalecimento das forças de segurança e iniciativas comunitárias permanecem cruciais na mitigação desse tipo de crime.
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