GWM anuncia produção nacional e novos projetos no Brasil
A GWM, montadora chinesa, prepara lançamento e produção de veículos híbridos e elétricos no Brasil
A montadora GWM, de origem chinesa, está se preparando para iniciar a produção de veículos no Brasil. A partir de maio de 2025, a fábrica localizada em Iracemápolis, São Paulo, começará a montagem de suas linhas automobilísticas. O primeiro modelo a ser produzido localmente será o Haval H6 híbrido pleno (HEV), marcando o início de uma nova fase para a empresa no país.
Diego Fernandes, Chefe de Operações da GWM no Brasil, compartilhou em vídeo através do LinkedIn que a empresa também está planejando a inauguração de um centro de pesquisa e desenvolvimento ao lado da fábrica. Este passo estratégico foi pensado para aprimorar ainda mais a qualidade dos veículos desenvolvidos e produzidos em território nacional.
Quais são os novos projetos tecnológicos da GWM para o Brasil?
A GWM está trabalhando em tecnologia inovadora para trazer ao mercado brasileiro. O novo centro de pesquisa possibilitará o desenvolvimento de veículos híbridos plug-in com sistema flex. Até o momento, apenas a Toyota oferece essa tecnologia no Brasil, com modelos como o Corolla e o Corolla Cross. A ambição da GWM é criar veículos que atendam plenamente às especificidades do mercado local.
Atualmente, a linha Haval H6 da GWM conta com opções híbridas convencionais e plug-in, todas movidas a gasolina. No entanto, a marca está avançando no desenvolvimento de híbridos que utilizem etanol, aproveitando-se da nova política automotiva nacional que busca fomentar tecnologias inovadoras no setor.
Como será a estrutura de montagem dos veículos pela GWM?
Inicialmente, a produção seria no formato CKD, importando veículos parcialmente montados da China. Contudo, a estratégia foi alterada para a montagem de componentes individuais, visando o programa Mover do governo, que oferece benefícios fiscais. Essa mudança não só facilitará a nacionalização dos veículos como também acelerará a exportação para outros países.
A presença de uma cabine de pintura pronta na planta de Iracemápolis, herdada da Mercedes-Benz, foi um fator crucial para essa decisão, já que no sistema CKD os carros chegam pintados. Para alcançar os benefícios tarifários, a GWM precisa atingir um nível de 40% de nacionalização, com objetivo de expandir esse número para 60% ao longo de três anos.
Quais são as metas de produção da GWM no Brasil?
A planta de Iracemápolis está planejada para entregar inicialmente 20.000 veículos anuais. Entretanto, a montadora projeta aumentar sua capacidade para 50.000 veículos dentro dos próximos três anos. A meta de nacionalização é essencial não só para ampliar a capacidade de exportação dentro da América Latina, mas também para reforçar seu compromisso com o crescimento sustentável e competitivo no mercado automotivo brasileiro.
Além disso, a GWM está colaborando com a Bosch para desenvolver sistemas eletrificados flex. O uso de etanol, uma fonte de energia renovável amplamente disponível no Brasil, está sendo explorado como uma alternativa viável para fortalecer as soluções híbridas da montadora.
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