Zambelli: “Pedi a Valdemar para não contratar hacker por não saber ideologia”
A deputada Carla Zambelli (PL; foto) reconheceu, em coletiva nesta quarta-feira (2), as reuniões do hacker da Vaza Jato...
A deputada Carla Zambelli (PL; foto) reconheceu, em coletiva nesta quarta-feira (2), as reuniões do hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti Neto, com Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, nas eleições do ano passado.
A PF prendeu Delgatti e fez buscas pela manhã em quatro endereços da deputada, incluindo o gabinete oficial, no âmbito da Operação 3FA.
Segundo Zambelli, o hacker tinha “provas a apresentar e serviços a oferecer ao PL” referentes à segurança das urnas eletrônicas.
Ela assumiu ter financiado a visita de Delgatti à capital.
O hacker teve pelo menos duas reuniões separadas, uma com Bolsonaro no Palácio do Alvorada e outra com Valdemar na sede do PL. Delgatti teria alegado a possibilidade de fraude nas urnas e proposto serviço de auditoria.
Zambelli também disse na coletiva que pediu a Valdemar para não contratar o hacker por desconhecer o seu “espectro ideológico”.
Ao todo, a deputada afirmou ter se reunido com o hacker em “dois encontros ou três no máximo”.
Segundo ela, Delgatti “não gostava de falar por telefone, sempre queria falar ao vivo”.
“Foram dois encontros em que a gente conversou sobre tecnologia”, diz @Zambelli2210 ao detalhar sua relação com o hacker Walter Delgatti, preso hoje pela PF. https://t.co/seOOb6kA5t pic.twitter.com/MrNLWimY3D
— O Antagonista (@o_antagonista) August 2, 2023
Zambelli teria pedido ao hacker em setembro para tentar fraudar as urnas e invadir o email do ministro Alexandre de Moraes, do STF, segundo depoimento antigo do hacker à PF. Zambelli nega a versão.
Delgatti não conseguiu cumprir nenhuma das missões. Ele apenas falsificou um mandado de prisão contra Moraes no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), motivo da Operação 3FA.
Moraes autorizou a operação com base em evidências de pagamentos feitos pelo gabinete de Zambelli ao próprio Delgatti.
Na coletiva deste final de manhã, Zambelli afirmou que apenas realizou um pagamento de 3.000 reais no mês de novembro, depois das eleições.
A tarefa seria uma “ligação das redes sociais minhas com o meu site”.
A PF ainda não divulgou o valor dos repasses.
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