Zambelli clama pela atenção de Elon Musk
"Você iniciou uma revolução contra o mal no Brasil, mas depois que parou de tuitar, todos os processos recomeçaram", escreveu a deputada ao dono do X
Ré na ação em que é acusada de cometer crimes cibernéticos por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) decidiu clamar pela atenção do bilionário Elon Musk, dono do X, antigo Twitter, que desafiou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, por liberdade de expressão, mas não foi adiante.
Em resposta a uma publicação de Musk na rede social, a parlamentar brasileira escreveu em inglês:
“Elon Musk, por favor, olhe novamente para o Brasil. Você iniciou uma revolução contra o mal no Brasil, mas depois que parou de tuitar, todos os processos recomeçaram. Anteontem tive um revés pela segunda vez, por pura perseguição. Parece que estamos vivendo no inferno. Ajude-nos.”
O “revés” de Zambelli
O “revés” por “pura perseguição” ao qual Zambelli se refere é a decisão da Primeira Turma do Supremo que, na terça-feira, 21, aceitou, por unanimidade, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a deputada e o hacker Walter Delgatti Neto, transformando-os em réus pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que fabricou um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
A denúncia é pela prática de dez crimes: sete do artigo 154-A e parágrafo 2 do Código Penal, por invasão de dispositivo informático, e três do artigo 299 do Código Penal, por falsidade ideológica.
Em 4 de janeiro de 2023, Walter Delgatti inseriu documentos falsos no sistema do CNJ, como um mandado de prisão contra Moraes.
Preso em agosto, Delgatti confessou a invasão, acusando Zambelli de ser a mandante. À PF, o hacker afirmou ter recebido 40 mil reais pelos serviços.
Zambelli pedirá a suspeição de Moraes e Cármen Lúcia
A deputada Carla Zambelli irá pedir a suspeição dos ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, do STF.
Durante a sessão da Primeira Turma, Moraes afirmou que a fabricação da ordem de prisão foi uma “burrice”. Já Cármen Lúcia a descreveu como “desinteligência natural”.
À Folha de S.Paulo, Zambelli disse que as declarações mostraram que seu julgamento não será justo.
“Não é postura de ministro dizer isso”, afirmou a deputada.
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