Zambelli: Bolsonaro “deveria ter sido mais claro” sobre fim de mobilizações em quartéis
A deputada Carla Zambelli (PL, foto) afirmou que Jair Bolsonaro (PL) deveria ter sido claro ao pedir o fim de atos em frente a quartéis...
A deputada Carla Zambelli (PL, foto) afirmou que Jair Bolsonaro (PL) deveria ter sido claro ao pedir o fim de atos em frente a quartéis. Em entrevista à Folha de S. Paulo, a parlamentar citou a live que o então presidente fez em 30 de dezembro, antes de viajar aos Estados Unidos, onde segue até hoje. Ao falar sobre o tema, ela também disse que “agora não é hora de bater no STF”, mas sim de focar na oposição ao governo Lula.
“Na live que Bolsonaro fez em 30 de dezembro, ele tinha que ter deixado claro o que pensava. Ele seria um remédio [contra o golpismo] se tivesse dito que era para as pessoas saírem dos quartéis. Outro remédio é o que estou tentando fazer. Tive três meses para pensar. […] Sei que a gente influencia as pessoas. Depois do dia 8, estou sendo bem mais cuidadosa para não ter mais pessoas se enganando. A gente está em outro patamar, agora não é hora de bater no STF, não é hora de fazer manifestação”, disse Zambelli, que também levantou bandeira para o ministro Alexandre de Moraes.
“Liguei e mandei um email. Alguns dias depois, minha rede foi devolvida, pode ter sido um gesto. Estou à disposição dele para conversar. Porque ele vai ser um alvo do PT daqui a pouco. O PT não vai se contentar em indicar somente os dois ministros que vão se aposentar”, afirmou.
Ainda durante a entrevista, a deputada disse ter recebido um documento semelhante à minuta golpista encontrada na casa Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. “Escreveram e também levaram no meu gabinete. Não sei quem fez”, afirmou.
Questionada se teme ser presa, ela respondeu: “Medo não é a palavra, mas expectativa, sim. Não como uma boa expectativa. Várias vezes fui dormir pensando que ia ter que acordar às 6h com a Polícia Federal na minha porta. […] Não cometi nenhum crime. Mas eu joguei pesado, joguei duro nas palavras. Quando eu ia contra meus inimigos eu ia de forma bruta mesmo, mostrando divergências. Existia uma linha que eu podia cruzar, mas sabendo que outras pessoas cruzaram e sofreram as consequências.”
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