O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo deu dois dias para que o empresário Guilherme Bardauil Boulos (Solidariedade; foto), candidato a vereador da capital paulista, escolha outro nome para usar nas urnas.

O candidato tentou mudar seu nome de urna para “Boulos”, mas a defesa de Guilherme Boulos (PSOL), candidato a prefeito de São Paulo, protestou contra a alteração.

“Evidenciada a impossibilidade de acordo com o candidato ao cargo de prefeito, fica aberta vista ao candidato, para que, no prazo de 02 (dois) dias, informe novo nome de urna, desde que não contenha a menção ao nome ‘BOULOS’”, diz trecho da decisão.

Para o Ministério Público Eleitoral, o nome poderia confundir o eleitorado. A Lei Eleitoral prevê que os nomes dos concorrentes não podem estabelecer “dúvida quanto à sua identidade”.

 A defesa do psolista alegou que a coincidência de nomes foi usada pelo ex-coach Pablo Marçal (PRTB) para “transmitir desinformação”.

No final de agosto, Marçal foi multado em R$ 30 mil por associar o deputado federal Guilherme Boulos ao uso de drogas. Em sua sentença, o juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral da Capital, mencionou a hipótese de que a campanha do ex-coach tenha se referido a um caso envolvendo Guilherme Bardauil Boulos, que foi réu por posse de maconha em 2001.