Wal do Açaí: TRF-1 mantém ação de improbidade contra Bolsonaro
O Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) decidiu por unanimidade rejeitar um recurso e manter uma ação de improbidade administrativa contra o ex-presidente...
O Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) decidiu por unanimidade rejeitar um recurso e manter uma ação de improbidade administrativa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL; foto) no caso da Wal do Açaí.
Bolsonaro é suspeito de ter mantido uma funcionária fantasma do gabinete em seu gabinete no Congresso quando era deputado federal. Ela se chama Walderice Santos da Conceição, também conhecida como Wal do Açaí, por trabalhar em uma loja de açaí em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
A defesa do ex-presidente questionou a competência da Justiça Federal para julgar o caso. Os desembargadores entenderam que não houve irregularidades, pois o juiz da primeira instância apenas tipificou as condutas pelas quais Bolsonaro será responsabilizado com base nos fatos relatados pelo Ministério Público Federal.
A investigação sobre a contratação da suposta funcionária fantasma teve início em 2018 pelo Ministério Público. Wal do Açaí, que residia em Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro, onde a família Bolsonaro possui uma casa de veraneio.
Durante seu depoimento, Wal do Açaí não soube explicar o funcionamento do gabinete do então deputado.
Ela afirmou que tratava diretamente com Bolsonaro apenas por telefone. O Ministério Público alega que a funcionária, na verdade, prestava serviços particulares para Bolsonaro, cuidando da casa e dos cachorros.
Em 2020, a quebra de sigilo bancário revelou que Wal do Açaí sacou quase 84% do salário que recebeu ao longo de 15 anos, totalizando mais de R$ 238 mil. Os saques eram feitos em valores fracionados, o que, segundo os procuradores, pode indicar uma tentativa de burlar órgãos de controle.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)