Wajngarten sobre indiciamento: "Conselho jurídico não é crime" Wajngarten sobre indiciamento: "Conselho jurídico não é crime"
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Wajngarten sobre indiciamento: “Conselho jurídico não é crime”

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 04.07.2024 20:09 comentários
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Wajngarten sobre indiciamento: “Conselho jurídico não é crime”

Advogado de Bolsonaro também foi indiciado pela Polcia Federal no âmbito do caso das joias sauditas nesta quinta, 4 de julho

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Wajngarten sobre indiciamento: “Conselho jurídico não é crime”
Foto: TV Senado via YouTube

Advogado do Jair Bolsonaro e ex-Secom, Fabio Wajngarten (foto) se pronunciou nas redes sociais sobre o seu indiciamento, junto ao ex-presidente, no caso das joias sauditas nesta quinta-feira, 4 de julho.

Na postagem no X, antigo Twitter, Wajngarten defendeu apenas a si, e não a Bolsonaro.

“O meu indiciamento pela Polícia Federal se baseia na seguinte afronta legal: advogado, fui indiciado porque no exercício de minhas prerrogativas, defendi um cliente, sendo que em toda a investigação não há qualquer prova contra mim. Sendo específico: fui indiciado pela razão bizarra de ter cumprido a Lei!”, disse o advogado.

“Explico. Minha orientação advocatícia foi a de que os presentes recebidos pelo ex-presidente da República fossem imediatamente retornadas à posse do Tribunal de Contas da União, em defesa de qualquer dúvida sobre questionamentos em relação ao interesse público. E conselho jurídico não é crime. Minha sugestão foi acolhida e os presentes entregues imediatamente e integralmente recolhidos ao TCU. Como está cabalmente comprovado, inclusive pela própria PF, só tomei conhecimento do fato após ser noticiado pela imprensa e agi com integridade profissional”, acrescentou.

Ele também afirmou que “vazamentos anteriores da própria PF demonstraram cabalmente que eu jamais participei de qualquer negociação em torno da compra e venda dos presentes, que aliás só soube deles pela imprensa. Repito que apenas dei uma orientação jurídica para a devolução deles ao TCU, o que foi feito”.

“Como assessor de imprensa e advogado do ex-presidente da República busquei informações com alguns auxiliares e ex-auxiliares dele sem jamais – repito, sem jamais – participar de qualquer tipo de negociação. Tentar me incriminar é absurdo e revela a fragilidade das acusações sistematicamente feitas pela Polícia Federal nos últimos 18 meses. A PF sabe que não fiz nada a respeito do que ela apura, mas mesmo assim quer me punir porque faço a defesa permanente e intransigente do ex-presidente Bolsonaro. Se a intenção é a de me intimidar, não conseguirão. Ver o triunfo do Estado Policial por aqueles que se disseram vítimas dele, usado contra adversários políticos, certamente é um capítulo tenebroso de nossa Democracia e será devidamente corrigido, ao tempo e a hora, por nossas instituições”, acrescentou.

O que diz o indiciamento?

Polícia Federal (PF) indiciou do ex-presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira, 4, no inquérito das joias sauditas. A corporação acusa o ex-chefe de Poder Executivo dos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.

Agora, o caso segue para as mãos do ministro relator do caso no STF, Alexandre de Moraes, e para a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Além de Bolsonaro, a PF indiciou outros personagens como os advogados do presidente Frederick Wassef e Fabio Wajngarten, o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid e seu pai o coronel Mauro Lourena Cid.

Wassef e Wajgarten foram iniciados pelos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos; já Mauro Cid pode responder pelo crime de apropriação de bens públicos.

ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque também foi indiciado, assim como o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara outro ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e o segundo-tenente Osmar Crivelatti que integrava o núcleo duro presidencial.

Bento pode responder pelos crimes de apropriação de bens públicos e associação criminosa. Marcelo Câmara foi indiciado apenas pelo crime de lavagem de dinheiro e Crivelatti foi imputado nas hipóteses de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

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