Voto de Gebran estava pronto dois meses antes da suposta mensagem de Deltan
Verdevaldo e seus novos colegas da Veja continuam a desprezar o princípio básico da apuração jornalística. Na matéria de hoje, o militante americano tenta em vão enlamear o desembargador Gebran Neto, acusando-o de antecipar seu voto para Deltan Dallagnol. Uma simples análise da cronologia dos fatos derruba a tese mentirosa...
Verdevaldo e seus novos colegas da Veja continuam a desprezar o princípio básico da apuração jornalística. Na matéria de hoje, o militante americano tenta em vão enlamear o desembargador Gebran Neto, acusando-o de antecipar seu voto para Deltan Dallagnol.
Uma simples análise da cronologia dos fatos derruba a tese mentirosa.
Os autos do processo mostram que Gebran enviou seu voto ao revisor, Leandro Paulsen, em 5 de abril. Dois meses antes, portanto, da suposta troca de mensagens entre Dallagnol e o procurador Carlos Cazarré, que atua no TRF-4.
A chance de conluio, portanto, é zero. Voto encaminhado significa voto minutado, submetido a exame de provas, teses da defesa e da acusação.
Além disso, segundo norma regimental, o processo foi e sempre é pautado pelo revisor. Gebran não apita nisso. Coube a Paulsen, após leitura do voto e escrutínio de provas, decidir o momento certo para pautar o julgamento. E isso ocorreu em 19 de maio.
A Veja diz ainda que Dallagnol queria adiar o julgamento para permitir a conclusão de um acordo de delação com Adir Assad. Na verdade, o acordo que estava sendo negociado era o de Renato Duque.
Isso é facilmente verificável, porque a própria defesa de Duque pediu que ele fosse reinterrogado pelo TRF-4 para que pudesse estender ‘benefícios de colaboração à apelação que iria a julgamento’.
E o pedido foi indeferido. Em seu despacho, Gebran Neto explicou que “a simples intenção do réu em firmar acordo de colaboração premiada não produz qualquer efeito”.
“Além disso, as colaborações são tratadas diretamente entre o Ministério Público Federal, cabendo ao Judiciário tão somente aferir a regularidade, a voluntariedade e a legalidade do acordo, sem qualquer participação ativa nas tratativas”, escreveu.
Duque nunca conseguiu fechar seu acordo de colaboração. Adir Assad, por sua vez, fechou delação em 21 de agosto, quase três meses depois do julgamento pelo TRF-4.
Ao contrário do que supunha Dallagnol, segundo as supostas mensagens, Gebran Neto, longe de absolver Assad, confirmou sua condenação e foi seguido pelos demais colegas da Oitava Turma.
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