“Você acha que se quiséssemos atrapalhar a reforma, estaríamos negociando?”, pergunta coordenador do PR na CCJ
O Antagonista conversou com o deputado Marcelo Ramos, coordenador da bancada do PR na CCJ da Câmara. Ele participou de uma reunião há pouco com o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, e disse ao site que se tratou de um "debate republicano, digno de um Parlamento independente"...
O Antagonista conversou com o deputado Marcelo Ramos, coordenador da bancada do PR na CCJ da Câmara.
Ele participou de uma reunião há pouco com o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, e disse ao site que se tratou de um “debate republicano, digno de um Parlamento independente”.
Ramos afirmou que o partido não quer cargos, nem emendas, nem espaço. E que tem interesse em aprovar a reforma da Previdência.
“Nós queremos fazer a reforma ser aprovada. Você acha que se quiséssemos atrapalhar a reforma, estaríamos negociando? Temos voto para derrubar o parecer do relator na CCJ. Não há gesto mais efetivo de que queremos contribuir do que a negociação.”
Ao sentenciar que o governo “não tem base política”, o deputado acrescentou que alterações na proposta apresentada pela equipe econômica são necessárias para que sejam alcançados os 308 votos necessários para a aprovação no plenário.
“Não adianta colocar para votar, seja na CCJ ou no plenário, para perder. Se quiser ganhar, um governo que não tem base precisa fazer certas concessões.”
Segundo a liderança do PR, “há um cuidado” para que as mexidas no texto já na CCJ não tenham impacto fiscal — com exceção do questionamento sobre as mudanças nas regras do abono salarial.
“Teremos até terça-feira para discutir com o governo e ver a possibilidade de calibrar tudo isso. Entendo que, com alguns ajustes, não haverá empecilho para aprovarmos o relatório na semana que vem na CCJ.”
Ramos confirmou que o PR está no grupo dos que fazem vista grossa em relação aos seguintes pontos: mudanças nas regras do abono salarial, no FGTS, na idade de aposentadoria compulsória de ministros do STF, além da troca no foro para julgamento de ações contra o INSS e os dispositivos que retiram da Constituição regras de aposentadoria.
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