Voa Brasil segue sem previsão de decolagem
O programa deve ofertar 5 milhões de passagens aéreas a R$ 200 para cerca de 21,7 milhões de pessoas
Após diversos adiamentos, o ministro de Porto e Aeroporto, Silvio Costa Filho, disse nesta sexta-feira, 31, que o programa Voa Brasil ainda depende de um aval por parte do presidente Lula (PT). O chefe da pasta pretende se reunir com o petista no mês de junho para tratar sobre o programa.
Segundo Costa Filho, a previsão era que o Voa Brasil fosse apresentado formalmente antes da tragédia no Rio Grande do Sul. “O Voa Brasil a gente tem trabalhado como um programa de inclusão. A gente tem trabalhado para anunciar a inclusão de aposentados do INSS que recebem até 2 salários minimos e a gente espera fazer com que esses aposentados, que muitas vezes não viajam pelo Brasil possam viajar”, declarou Silvio Costa Filho em entrevista à GloboNews.
O lançamento do programa chegou a ser anunciado para o mês de abril, mas acabou sendo adiado por conta da viagem de Lula à Colômbia. O Voa Brasil foi anunciado no início do governo pelo então ministro Márcio França, que antecedeu Silvio Costa Filho na pasta de Portos e Aeroportos e atualmente é ministro do Empreendedorismo.
O projeto deve ofertar 5 milhões de passagens aéreas a R$ 200 para cerca de 21,7 milhões de pessoas. O público beneficiado pelo Voa Brasil deve ser formado por 21 milhões de aposentados pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) que ganham até 2 salários mínimos (R$ 2.824) e mais 700 mil alunos do Prouni.
Alta nos preços
Em 2023, os preços da passagem aérea registraram aumentou de 48,11% no IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que mede a inflação.
É a maior alta dos bilhetes para um ano fechado desde 2011 –ou seja, em 12 anos. O presidente Lula tem cobrado desde o início do terceiro mandato medidas para baratear o preço das passagens.
E dezembro passado, o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou, junto das maiores companhias aéreas do país, as primeiras medidas para redução dos preços, focado em maior volume de promoções.
As companhias aéreas reclamam dos altos custos de operação no país, que envolvem, por exemplo, despesas com querosene de aviação e juros.
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