“Vítima de fake news” era ex-PM preso por integrar grupo de extermínio
O homem supostamente vítima de fake news que foi espancado até a morte em Vicente de Carvalho, no Guarujá (litoral de São Paulo), era na verdade um ex-PM de Pernambuco que já havia sido preso sob a acusação de integrar um grupo de extermínio...
O homem supostamente vítima de fake news que foi espancado até a morte em Vicente de Carvalho, no Guarujá (litoral de São Paulo), era na verdade um ex-PM de Pernambuco que já havia sido preso sob a acusação de integrar um grupo de extermínio, informa O Globo.
Inicialmente, a morte de Osil Vicente Guedes (foto), de 49 anos, foi tratada por veículos e perfis de redes sociais favoráveis ao PL das Fake News como um exemplo das consequências de espalhar notícias falsas.
Na quarta-feira da semana passada (3), ele estava na moto de um amigo quando foi cercado por um grupo de pessoas e violentamente espancado. Alegava-se que a moto tinha sido roubada, mas um amigo de Guedes disse que havia emprestado o veículo.
Nos dias seguintes, começou a circular a versão de que ele teria sido atacado a mando de sua ex-namorada. O Globo divulgou um áudio de Guedes dizendo a sua sobrinha que sua ex havia mandado “três traficantes para me espancar”. A polícia identificou um ex-cunhado dessa ex-namorada entre os agressores.
Nesta quinta (11), porém, descobriu-se que Guedes —que se apresentava como “empresário do ramo de reciclagem”— foi preso em 2008 em Pernambuco, no âmbito da Operação Guararapes, considerada na época a maior já realizada no Brasil contra grupos de extermínio.
Os alvos eram acusados de atuar em Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana de Recife, e de cobrar até R$ 600 por morte. Ex-PM, Guedes foi alvo de um dos 53 mandados de prisão expedidos.
Segundo O Globo, a tese de morte por engano “foi descartada” pela polícia.
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