Violência policial no Guarujá: Mortes sobem para 13 e chegam até Santos
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou nesta terça-feira (1º) que o número de mortes decorrentes da Operação Escudo na Baixada Santista, no litoral paulista, subiu de...
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou nesta terça-feira (1º) que o número de mortes decorrentes da Operação Escudo na Baixada Santista, no litoral paulista, subiu de 10 para 13.
Uma dessas novas mortes aconteceu pela primeira vez em Santos. Todas as outras ocorreram na cidade do Guarujá, onde se iniciou as ações policiais.
As operações se estenderam para Santos nesta terça, após uma cabo da PM ser baleada a tiro de fuzil por três criminosos pela manhã.
Ao final da manhã, depois do começo das operações em Santos, que já resultaram em uma morte, a PM informou que um segundo policial fora baleado na cidade.
Ambos os policiais baleados foram socorridos.
A SSP-SP ainda informou que deteve 32 suspeitos e apreendeu 20,3 quilos de drogas e 11 armas.
Leia a íntegra da nota da SSP-SP divulgada nesta 3ª feira:
A Operação Escudo para repressão ao tráfico de drogas e ao crime organizado segue em curso na Baixada Santista. 32 suspeitos já foram presos e 20,3 quilos de drogas e 11 armas apreendidas. Treze suspeitos morreram ao entrarem em confronto com as forças de segurança desde o início da operação. Por determinação da SSP, todos os casos são investigados pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Santos e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar (IPM). As imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos em curso e estão disponíveis para consulta irrestrita pelo Ministério Público, Poder Judiciário e a Corregedoria da PM.
A Operação Escudo está em atividade desde a sexta-feira (28) e deve durar por pelo menos um mês.
Ela é resposta à morte do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota, a tropa de choque da PM que opera principalmente na região metropolitana de São Paulo.
Reis morreu baleado durante patrulhamento na comunidade Vila Zilda, no Guarujá, na quinta (27).
O principal suspeito é Erickson David da Silva, conhecido como “Sniper do Tráfico” pela sua função no crime organizado local. Ele foi preso no domingo (30).
Da Silva disse à polícia que ele matou Reis enquanto fazia guarda para um traficante e que teria confundido a viatura da Rota com a do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), o equivalente à Rota no interior e litoral de São Paulo.
Ele também gravou vídeo pedindo ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que pare de “fazer a matança”.
"Quero falar para o Tarcísio e para o Derrite parar de fazer a matança aí", diz Erickson David da Silva, preso sob suspeita de ter matado policial da Rota. https://t.co/tVJNnQxypc pic.twitter.com/jzfFxaYEal
— O Antagonista (@o_antagonista) July 31, 2023
Tarcísio esteve no Guarujá na segunda e afirmou não haver “excessos” nas abordagens da PM no Guarujá.
“A gente não deseja o confronto de jeito nenhum. Tanto é que tivemos 10 prisões. Aqueles que resolveram se entregar à polícia foram presos”, disse Tarcísio.
Já o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), questionou a informação da ouvidoria da PM.
“A própria Ouvidoria, eu ouvi declarações que querem apurar 10 mortes, nem são 10 mortes […] Eu não sei de onde vem essa informação”, disse Derrite.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)