Vídeo: PMs comemoram Massacre do Carandiru em canto macabro
Canção entoada enaltece a figura do coronel Ubiratan Guimarães, que liderou a intervenção na prisão da Casa de Detenção do Carandiru, marcada pela crueldade e brutalidade.
Um vídeo que se tornou público recentemente mostra um grupo de policiais militares celebrando o massacre do Carandiru, um dos mais trágicos eventos na história recente do Brasil, que resultou na morte de 111 presos em 1992 na Cidade de São Paulo.
O episódio veio à luz através de uma divulgação feita pelo portal UOL e o conteúdo tem gerado amplas repercussões.
Na filmagem, observa-se um policial militar concentrado no meio de uma roda, enquanto outros membros acompanham, repetindo em coro as palavras e batendo palmas.
A canção entoada enaltece a figura do coronel Ubiratan Guimarães, que liderou a intervenção na prisão da Casa de Detenção do Carandiru, marcada pela crueldade e brutalidade.
O que representa a gravação do canto dos PMs?
A letra da música expressa de forma explícita a violência do ato cometido e faz referências a “corpos mutilados e cabeças arrancadas“, além de descrever dolorosamente o cenário como de um campo de batalha.
Este tipo de celebração choca pela aparente falta de sensibilidade e respeito às vidas perdidas, gerando um questionamento profundo sobre a cultura de violência que ainda permeia certas esferas da sociedade.
Reação das autoridades
Confrontada com o teor perturbador do vídeo, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou que a Polícia Militar já iniciou uma investigação para apurar os fatos detalhadamente.
De acordo com a SSP, a conduta exibida pelos policiais no vídeo não condiz com os valores e práticas institucionais e que medidas apropriadas serão tomadas.
Impacto histórico e social do Massacre do Carandiru?
O massacre do Carandiru é um marco negativo na história do Brasil, revelando as falhas e os desafios ao se lidar com o sistema carcerário e a violência policial.
Após mais de 30 anos do incidente, o evento ainda suscita debates sobre direitos humanos e reforma penitenciária no Brasil.
A divulgação de um vídeo como esse reaviva memórias dolorosas e provoca a sociedade a refletir sobre até que ponto evoluímos ou regredimos em relação à justiça e respeito pela vida humana.
As investigações seguirão para entender melhor as circunstâncias da gravação e garantir que tais comportamentos não se repitam.
Resta esperar que episódios como este sirvam de reflexão e como catalisadores para mudanças construtivas na maneira como a segurança pública é exercida, reforçando a necessidade de um sistema que realmente promova a paz e a justiça social.
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