“Vê se alguém dá o atestado para a gente levar o corpinho e virar a página”, disse Jairinho
Em depoimento prestado ao Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio, o conselheiro do Instituto D'Or Pablo Menezes disse que Jairo Souza Santos Júnior tentou obter um laudo que ocultasse as razões da morte do menino Henry Borel, de 4 anos. Dr Jairinho tentava impedir que o corpo do enteado fosse encaminhado ao IML...
Em depoimento prestado ao Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio, o conselheiro do Instituto D’Or Pablo Menezes disse que Jairo Souza Santos Júnior tentou obter um laudo que ocultasse as razões da morte do menino Henry Borel, de 4 anos. Dr Jairinho tentava impedir que o corpo do enteado fosse encaminhado ao IML.
O executivo relatou ter sido contatado pelo parlamentar à partir de 4h57. “Amigo, me dá uma ligada, coisa rápida, preciso de um favor aqui no Barra D’Or”, disse. Cerca de duas horas depois, às 6h56, outro recado: “Amigo, assim que puder me liga”.
Às 7h17, Jairinho ligou mais duas vezes para Pablo, informa o Globo. Sem demonstrar nenhuma emoção, o vereador contou haver acontecido “uma tragédia”, que o enteado havia morrido e “pediu que agilizasse o óbito”. “Agiliza ou eu agilizo o óbito. E a gente vira essa página. Vê se alguém dá o atestado para a gente levar o corpinho e virar a página”, escreveu.
Pablo Menezes disse que não atenderia “nenhum pedido ilegal e tinha a certeza de que os profissionais do hospital também não atenderiam”.
O laudo de exame de necropsia do IML acabou apontando hemorragia interna e laceração hepática provocada por ação contundente, além de equimoses, hematomas, edemas e contusões incompatíveis com um acidente doméstico. Jairinho e a namorada, Monique Medeiros, mãe do menino, estão presos.
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