“Vamos ver como o governo vai pagar a conta do fim do 6×1”
A deputada Erika Hilton (SP), líder do PSOL, conseguiu nesta quarta-feira as 171 assinaturas para poder apresentar a PEC
O líder do União Brasil e ex-candidato à Presidência da Câmara, Elmar Nascimento (BA), criticou o movimento capitaneado pelo PT e pelo PSOL nas redes sociais para pressionar parlamentares da sigla a endossarem a PEC que acaba com o regime de trabalho 6×1.
Em entrevista ao jornal O Globo, Elmar declarou que a bancada vai assinar em peso a proposta, mas pelo simples fato de que a sigla compõe a base do governo Lula e para parar a “esculhambação” nas redes sociais. Para Elmar, o governo sequer sabe como irá pagar a conta dessa PEC.
“Nós não temos por que não assinar se o PT, que é o partido do governo, assinou”, disse Elmar ao jornal.
“E se os deputados do PT assinaram, deve ser porque já sabe como o governo vai pagar os custos dos empresários que terão que contratar mais gente. Se eles não estão preocupados com o dinheiro, não sou eu que vou me preocupar”, declarou o líder do União Brasil.
“Minha função é proteger a bancada. Se é para ficar com essa esculhambação nas redes sociais, a gente assina. Vamos entrar no jogo para ver como o governo vai se virar para pagar essa conta”.
O fim da jornada de seis dias de trabalho para um dia de descanso (6×1) foi defendido em Plenário por deputados da base do governo, mas criticada por parlamentares da oposição, que defenderam a negociação direta entre empregado e empregador ao longo desta semana.
A deputada Erika Hilton (SP), líder do PSOL, conseguiu nesta quarta-feira as 171 assinaturas para poder apresentar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a duração do trabalho de até oito horas diárias e 36 semanais, com jornada de quatro dias por semana e três de descanso. Ela ainda não protocolou o texto.
Outra proposta já em tramitação na Câmara (PEC 221/19), do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), reduz de 44 para 36 horas a jornada semanal do trabalhador brasileiro. Essa redução terá prazo de dez anos para se concretizar. O texto do deputado está na Comissão de Constituição e Justiça à espera de um relator desde março.
Com informações da Agência Câmara
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