“Vamos ter que esperar um próximo ministro”, diz Moro sobre avanço na segurança
Ex-ministro da Justiça diz que governo Lula pretere combate ao crime organizado e prioriza "desencarceramento em massa"
O senador Sérgio Moro (União-SC) fez avaliação sobre a participação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski em audiência no Senado, nesta terça-feira,03. O parlamentar alerta que o governo Lula tem baixo desempenho nas políticas contra o crime organizado e diz que a prioridade do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) é o desencarceramento em massa.
“Em todas as pesquisas de opinião [A Segurança Pública] é a área pior avaliada do governo”, acrescentou o ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça em entrevista a O Antagonista.
Para o senador, Lewandowski foi “evasivo” nas repostas à Comissão de Segurança Pública da Casa Alta. “O ministro Lewandowski foi evasivo na audiência e não conseguiu demonstrar que sua pasta está empenhada no combate ao crime, mas admitiu que a área da segurança sofreu com cortes orçamentários decididos por Lula, que inclusive prejudicam operações da PF”, avaliou.
E completou: “O foco do MJSP é o desencarceramento em massa, o que evidentemente só piora o quadro de criminalidade. Assim, da audiência pública, apesar da vulnerabilidade do ministro, não se vislumbra qualquer mudança de rumo ou melhora na segurança pública. Vamos ter que esperar um próximo ministro“.
Visão de mundo e saída pela tangente
Criticado por Sérgio Moro durante audiência no Senado, Lewandowski disse que avaliação feita pelo ex-ministro resulta de sua “visão de mundo”.
Perseguição a Bolsonaro
O ministro respondeu sobre suposto uso político da Polícia Federal pelo governo. Ele negou que haja perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a deputados alvo de inquérito. “Posso assegurar isto. E, como ex-ministro do Supremo e juiz há 34 anos, jamais admitiria um direcionamento da Polícia Federal”, delcarou.
E acrescentou: É uma acusação bastante grave, mas que já repeli, de que a PF está atuando de forma direcionada, sobretudo contra determinadas pessoas que são alvo de inquérito. […] O STF tem uma jurisprudência pacífica, assentada, que a imunidade parlamentar não atinge os crimes contra honra”, disse.
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