“Só vai comer na festa quem pagou pela empadinha”
Se encarnar "o novo" é um ativo eleitoral, Belo Horizonte permite uma amostra, segundo O Globo, do que se pode esperar quando um "outsider" vira governo. O prefeito Alexandre Kalil (PHS), ex-presidente do Atlético Mineiro que conserva a fala informal de dirigente de futebol, cumpriu a promessa de...
Se encarnar “o novo” é um ativo eleitoral, Belo Horizonte permite uma amostra, segundo O Globo, do que se pode esperar quando um “outsider” vira governo.
O prefeito Alexandre Kalil (PHS), ex-presidente do Atlético Mineiro que conserva a fala informal de dirigente de futebol, cumpriu a promessa de não nomear vereador ou deputado no secretariado.
“A moeda que lhe garante maioria na Câmara — hoje ao menos 24 dos 41 vereadores são fiéis ao governo — é outra. Os vereadores da base são convidados, por exemplo, a aparecer em lançamento de pequenas obras e inaugurar praças. Quem vota contra o prefeito é retaliado com a proibição até de entrar em eventos como a inauguração do Hospital do Barreiro, o maior da cidade, além de ver obstáculos em qualquer demanda.”
Kalil declarou ao jornal:
“No Brasil, emenda parlamentar é tratada como lepra. Eu acho melhor, porque o dinheiro vai direto para a ponta, e não para a máquina. Não dei cargo, mas vou dar a obra para o vereador atender à a população na região dele. E a situação vai ter vantagem, sim, sobre a oposição. Isso é em todo lugar, é republicano. Aprovei uma reforma administrativa dura, que cortou um monte de cargo. Minha base levou moeda na cabeça, foi xingada na internet. Aí, o cara da oposição quer posar bonito votando contra e depois inaugurar hospital? Só vai comer na festa quem pagou pela empadinha e pela Coca-Cola.”
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