“Uma questão lateral”
Helio Gurovitz analisou as quatro vezes em que Sergio Moro procurou Deltan Dallagnol, segundo as mensagens roubadas da Lava Jato. Não há nada que comprometa o ministro...
Helio Gurovitz analisou as quatro vezes em que Sergio Moro procurou Deltan Dallagnol, segundo as mensagens roubadas da Lava Jato.
Não há nada que comprometa o ministro.
“Na primeira, ele sugere a Dallagnol que investigue informações que recebera de uma “fonte séria” sobre um filho de Lula. Não é um procedimento propriamente regular. Mas não é um problema um juiz encaminhar o que recebeu ao canal competente de investigação. O caso não prosperou (…).
Na quarta, Moro se mostra revoltado com a possibilidade de adiamento do primeiro depoimento de Lula, marcado para 10 de maio de 2017. Deltan responde no dia seguinte, véspera do depoimento: ‘Defenderemos manter. Falaremos com Nivaldo’.
De fato, o juiz Nivaldo Brunoni, que cobria férias no TRF-4, negou o pedido da defesa e manteve o depoimento de Lula. Foi a única situação em que será possível argumentar que a intervenção de Moro surtiu resultado. A defesa de Lula deverá usá-la para pedir anulação do processo, com base na ‘suspeição’ de Moro.
Será difícil, porém, que esse argumento prospere, pois Moro não tomou a decisão, apenas solicitou a manifestação de uma determinação quanto à data de um depoimento. É uma questão lateral que, novamente, não afeta o resultado do processo.”
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