Um milhão de ucranianos sem eletricidade e milhares sem água
Zelensky acusou a Rússia de utilizar bombas de fragmentação contra as infraestruturas energéticas do país, dificultando significativamente os esforços de reparação e classificando essa tática como uma escalada desprezível das hostilidades
A Ucrânia relatou um ataque significativo às suas infraestruturas energéticas nesse segunda-feira, 28 de novembro, resultando em cortes de energia em várias regiões, incluindo Kiev.
De acordo com o Exército ucraniano, foram interceptados 79 mísseis e 35 drones russos explosivos. As informações foram divulgadas em um comunicado oficial.
Em resposta aos recentes ataques ucranianos no território russo com mísseis americanos ATACMS, o presidente russo Vladimir Putin declarou que a Rússia poderia direcionar seus ataques a “centros de comando” em Kiev.
Durante uma reunião da aliança de segurança dos países ex-soviéticos no Cazaquistão, Putin afirmou que seu país está considerando atacar instalações militares e centros de comando na capital ucraniana.
Além disso, ele destacou que o míssil hipersônico russo Oreshnik, utilizado recentemente contra uma cidade ucraniana, é impossível de ser interceptado pelas defesas aéreas.
Ataque a infraestruturas energéticas
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou a Rússia de utilizar bombas de fragmentação contra as infraestruturas energéticas do país, dificultando significativamente os esforços de reparação e classificando essa tática como uma escalada desprezível das hostilidades.
O comando aéreo ucraniano informou que, durante os ataques noturnos, conseguiu interceptar grande parte dos projéteis russos. No entanto, a intensidade dos ataques deixou mais de um milhão de pessoas sem eletricidade no oeste da Ucrânia.
Além disso, autoridades regionais relataram que cerca de 280 mil pessoas estão sem água corrente na região de Rivne. A situação crítica levou a paralisações temporárias em serviços essenciais e à suspensão das aulas em algumas localidades.
Estados Unidos
No cenário internacional, a administração Biden instou Kiev a reduzir a idade mínima para recrutamento militar devido à escassez crescente de soldados. A Casa Branca também reafirmou seu compromisso contínuo com o envio de assistência militar à Ucrânia.
O futuro presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a nomeação do ex-general Keith Kellogg como emissário para mediar o conflito entre Ucrânia e Rússia.
Trump expressou sua intenção de resolver a guerra antes mesmo de assumir qualquer cargo oficial novamente.
Em uma nota anterior, Kellogg sugeriu que futuras ajudas militares americanas deveriam estar condicionadas à disposição da Ucrânia em participar de negociações de paz com a Rússia.
Leia também: Aumento significativo no ritmo do avanço russo na Ucrânia
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Comentários (2)
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
28.11.2024 10:42Quanto está a cotação do rublo frente ao dólar? Como está o fechamento da bolsa de Moscou nessa semana?
Marcelo Augusto Monteiro Ferraz
28.11.2024 10:12O Ocidente vai continuar assistindo a essa barbárie de braços cruzados??!! Se continuar assim, qualquer país de nosso hemisfério pode ser o proximo alvo da sanha doentia do psicopata do Kremlin!!!!