O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (foto), voltou a fazer um apelo neste domingo, 24, aos países ocidentais para que forneçam sistemas de defesa antiaérea a seu país.

A declaração foi feita depois da divulgação por Vladimir Putin acerca de um novo sistema de míssil balístico de alcance intermediário, usado pela primeira vez na última quinta-feira. A arma, segundo o próprio ditador russo, é experimental.

“Na última semana, a Rússia lançou mais de 800 bombas aéreas guiadas, cerca 460 drones suicidas e mais de 20 mísseis de diversos tipos contra a Ucrânia e o nosso povo”, afirmou Zelensky e publicação no X e no Instagram.

Disse ainda que a Ucrânia “não é um campo de testes de armamento”, e sim um Estado soberano e independente.

“No entanto, a Rússia persiste na tentativa de destruir o nosso povo, semear o medo e o pânico, e enfraquecer-nos”, acrescentou. “Ucrânia precisa de mais sistemas de defesa antiaérea”.

Leia também: Zelensky critica Lula por “posição fraca” sobre guerra na Ucrânia

Produção em série de míssil hipersônico

O ditador da Rússia, Vladimir Putin, afirmou na sexta-feira, 22, que ordenou a produção em série de mísseis hipersônicos Oreshnik, usado pela primeira vez contra a Ucrânia na última quinta.

O míssil é considerado experimental. Segundo a Casa Branca,  o armamento lançado pela Rússia não é intercontinental, como haviam dito os ucranianos, e sim de médio alcance.

“Os sistemas de defesa aérea atualmente disponíveis no mundo e os sistemas de defesa antimísseis criados pelos americanos na Europa não interceptam esses mísseis”, afirmou o ditador russo, sem fornecer mais detalhes.

O governo russo divulgou imagens que diz ser do novo míssil hipersônico atingindo o território ucraniano. Em vídeo divulgado pelo vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, é possível ver ao menos seis clarões sucessivos no momento do ataque.