Diely da Silva Maia, de 34 anos, morreu a tiros na noite do último sábado, 28, após o carro de aplicativo em que estava entrar por engano na comunidade do Fontanela, em Vargem Pequena, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O motorista, Anderson Pinheiro, também de 34 anos, foi baleado, mas sobreviveu e já prestou depoimento às autoridades. O crime ocorreu na Estrada Benvindo de Novaes, onde Diely morreu antes da chegada do socorro.

Natural de Candiba, na Bahia, Diely morava em Jundiaí, São Paulo, há cinco anos. Ela estava no Rio para celebrar o Réveillon com amigas. Formada em Contabilidade pela Faculdade Padre Anchieta, trabalhava como gerente contábil e era conhecida por seu carisma e paixão por viagens, registradas frequentemente em suas redes sociais. Entre os destinos visitados por ela estavam Maresias, sua terra natal na Bahia, e eventos como o Rock in Rio.

O motorista, que recebeu alta após atendimento médico no Hospital Lourenço Jorge, afirmou que desconhecia a região e seguia as orientações do aplicativo. Ele foi liberado após prestar depoimento à Delegacia de Homicídios da Capital, responsável pelas investigações. A Uber, empresa responsável pela corrida, lamentou o ocorrido, destacou que as viagens são cobertas por seguro e se colocou à disposição para colaborar com as autoridades.

A comunidade do Fontanela é uma das áreas de alta vulnerabilidade na cidade, marcada por disputas entre traficantes e milicianos. Apesar de figurar na Operação Ordo, deflagrada em 2024 para reprimir a atuação dessas facções, episódios de violência continuam frequentes na região.