TSE nega pedido de Bolsonaro para retirar “minuta do golpe” de ação
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou pedido de Jair Bolsonaro (foto) para retirar a "minuta do golpe", juntada à ação de investigação judicial eleitoral (AIJE), no qual é investigado por abuso de poder político/autoridade e uso indevido de meio de comunicação...
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou pedido de Jair Bolsonaro (foto) para retirar a “minuta do golpe”, juntada à ação de investigação judicial eleitoral (AIJE), no qual é investigado por abuso de poder político/autoridade e uso indevido de meio de comunicação.
O documento encontrado na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres no dia 12 de janeiro, durante operação da Polícia Federal, foi juntado à ação a pedido do PDT.
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, afirma em sua decisão que a minuta encontrada na casa de Torres, “se conecta às alegações iniciais da parte autora, no sentido de que o discurso proferido por Jair Messias Bolsonaro no encontro com embaixadores em 18/07/2022 era parte da estratégia de campanha consistente em lançar graves e infundadas suspeitas sobre o sistema eletrônico de votação.”
O PDT protocolou a AIJE contra Jair Bolsonaro e Braga Netto no ano passado por suposta prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, em decorrência da do evento com a participação de embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. A ação pode tornar Bolsonaro inelegível por 8 anos.
Durante o encontro com os embaixadores, o ex-presidente da República realizou ataques ao sistema eleitoral e a autoridades do Poder Judiciário.
“[…]Cabe constatar, não sem tristeza, que os resultados das eleições presidenciais de 2022, embora fruto legítimo e autêntico da vontade popular manifestada nas urnas, se tornaram alvo de ameaças severas. Passado o pleito, a diplomação e até a posse do novo Presidente da República, atos desabridamente antidemocráticos e insidiosas conspirações tornaram-se episódios corriqueiros. São armas lamentáveis do golpismo dos que se recusam a aceitar a prevalência da soberania popular e que apostam na ruína das instituições para criar um mundo de caos onde esperam se impor pela força”, argumentou o corregedor-geral.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)