“Triste Bahia”: a nossa homenagem aos baianos
Leitores reclamam do post "O que é que o baiano tem?", que comenta as relações entre petistas da Bahia e empreiteiras da Bahia. Acharam "racista". Alguns pediram até mesmo para que fosse retirado do ar...
Leitores reclamam do post “O que é que o baiano tem?”, que comenta as relações entre petistas da Bahia e empreiteiras da Bahia. Acharam “racista”. Alguns pediram até mesmo para que fosse retirado do ar.
As sensibilidades estão à flor da pele. O Antagonista apenas registrou a promiscuidade entre políticos e empresários oriundos de um mesmo estado, todos no centro de escândalos atuais. Não há adjetivos que denotem ou conotem “racismo”.
O Antagonista aproveita, aqui, para homenagear a Bahia com um soneto de Gregório de Matos, no qual ele lamenta as misérias baianas, já no século XVII, suspirando pela falta de bons governantes. Seria o baiano Gregório de Matos “racista”?
- Triste Bahia
Triste Bahia! Ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.
A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.
Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.
Oh se quisera Deus que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!
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