Em 2024, novos regulamentos trouxeram importantes mudanças no sistema de aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Estas alterações foram introduzidas para abordar as mudanças demográficas e para assegurar a sustentabilidade do sistema previdenciário no Brasil.

Entre as diversas modificações implementadas, uma das mais marcantes foi a flexibilização da idade mínima para a aposentadoria por tempo de contribuição.

Esta mudança pode significar que muitos trabalhadores possam se aposentar antes do esperado, sem a necessidade de alcançar a idade mínima previamente estipulada pelo INSS.

Mas, afinal, como essas mudanças afetam diretamente quem está prestes a se aposentar? E como você pode acompanhar suas contribuições e ficar por dentro de cada detalhe?

Como consultar suas contribuições e entender as mudanças no INSS?

O INSS disponibiliza uma série de ferramentas para que os contribuintes possam acompanhar suas contribuições e compreender melhor as mudanças nas regras de aposentadoria.

Entre esses recursos, destacam-se:

• Plataforma Meu INSS: Um portal online onde você pode verificar extratos, agendar perícias e atualizar dados pessoais.

• Aplicativo Meu INSS: Disponível para smartphones, permite o gerenciamento das contribuições de forma prática e rápida.

• Central Telefônica 135: Atendimento telefônico para esclarecer dúvidas gerais.

• Agências do INSS: Atendimento presencial para um suporte mais detalhado e personalizado.

Quais são as principais mudanças nas regras de aposentadoria por tempo de contribuição?

As novas regras de aposentadoria por tempo de contribuição em 2024 trouxeram consigo várias alterações importantes:

• Aumento da idade mínima:
  • Para mulheres: de 58 anos para 58 anos e 6 meses.Para homens: de 63 anos para 63 anos e 6 meses.

• Aumento dos pontos na regra de transição por pontos:
  • Para mulheres, o somatório da idade e do tempo de contribuição passou de 90 para 91 pontos.Para homens, o somatório passou de 100 para 101 pontos.

• Regra 86/96 em vigor:

  Permite a aposentadoria sem idade mínima para mulheres com 30 anos de contribuição e homens com 35 anos de contribuição, desde que a soma da idade com o tempo de contribuição atinja 86 pontos (mulheres) ou 96 pontos (homens).

• Fórmula de cálculo do benefício:

  Agora, a fórmula leva em consideração 100% das contribuições realizadas após julho de 1994.

• Pedágio de 50% e 100%:

  Existem regras de transição com pedágio de 50% ou 100% sobre o tempo que faltava para atingir os requisitos antes da reforma

Vale lembrar que essas mudanças afetam principalmente quem já estava contribuindo antes da reforma da Previdência de 2019.

Quem começou a contribuir após essa data segue as novas regras gerais, com uma idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, além do tempo mínimo de contribuição de 15 anos (mulheres) ou 20 anos (homens).

O que é a fórmula 86/96 e como ela afeta sua Aposentadoria?

Uma grande novidade é a adoção da fórmula 86/96.

Esta fórmula deixa o Fator Previdenciário para trás, permitindo que as mulheres se aposentem com 86 pontos e os homens com 96 pontos — somando idade e tempo de contribuição.

Esta mudança beneficia muitos trabalhadores, proporcionando acesso mais rápido à aposentadoria.

Qual a melhor regra para se aposentar hoje?

A decisão sobre a melhor regra para se aposentar é muito pessoal e deve considerar diversos fatores, como idade, tempo de contribuição e histórico salarial.

Algumas opções incluem:

• Aposentadoria por idade: Exige menos tempo de contribuição e não sofre o fator previdenciário, mas requer idade mínima.

• Aposentadoria por tempo de contribuição: Permite aposentadoria mais cedo para quem já contribuía antes da reforma, mas pode reduzir o valor do benefício.

• Regras de transição (pedágio): Oferecem opções para quem estava próximo de se aposentar, exigindo o pagamento de um pedágio sobre o tempo faltante.

• Aposentadoria por pontos: Ideal para quem tem tempo de contribuição e idade próximos da pontuação exigida, sem precisar aguardar a idade mínima.

Analisar seu histórico de contribuições e consultar um especialista pode ser fundamental para tomar a melhor decisão.

Tem como consultar o INSS pelo CPF?

Sim, é totalmente possível consultar informações do INSS pelo CPF. Você pode fazer isso das seguintes formas:

• Meu INSS (site ou aplicativo): Faça login com sua conta Gov.br utilizando seu CPF.

• Central de Atendimento 135: Ligue e informe seu CPF e outros dados solicitados.

• Agências do INSS: Vá a uma agência com seu CPF e documento de identificação com foto.

Você pode consultar se tem algum benefício ativo, o valor e data de pagamento dos benefícios, histórico de contribuições, extrato de pagamento, andamento de requerimentos, e agendar perícia médica, entre outros serviços.

Estas mudanças no INSS vêm para adaptar o sistema às novas realidades do país, oferecendo um caminho mais flexível para a aposentadoria dos brasileiros e garantindo a sustentabilidade previdenciária para as futuras gerações.