Tragédia em Vinhedo: Corpo de Bombeiros finaliza força-tarefa
Logo após a retirada dos corpos das vítimas do acidente, a equipe de bombeiros removeu os dois motores turboélice e a cauda da aeronave
A força-tarefa formada por órgãos de segurança que atuou no resgate dos corpos das vítimas da tragédia aérea em Vinhedo, no interior de São Paulo, encerrou as operações no início da madrugada deste domingo, 11 de agosto.
Logo após a retirada dos corpos das 62 vítimas fatais, a equipe de bombeiros removeu os dois motores turboélice e a cauda da aeronave. Os próximos passos das equipes incluem o envio dos destroços ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
“Os dois motores e a cauda da aeronave foram retirados dos destroços e deixados num local de mais fácil acesso, para a empresa responsável realizar o transporte para posterior perícia”, afirmou Laís Marcatti, tenente do Corpo de Bombeiros.
Ao todo, 15 bombeiros ainda atuavam na área do acidente na noite de sábado e recolheram os equipamentos assim que os caminhões da Voepass recolheram os motores do avião.
O turboélice ATR 72-500, de matrícula PS-VPB, fazia o voo 2Z-2283 de Cascavel (PR) para o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Os 58 passageiros e os 4 tripulantes a bordo morreram. Esse é o maior desastre aéreo do país em número de vítimas desde 2007.
Segundo os investigadores, as informações iniciais indicam que a aeronave estava em condições de operar, e a tripulação estava com o treinamento em dia e apta para o trabalho.
As causas da queda ainda estão sendo investigadas. Ivan Sant’Anna, colunista de Crusoé e analista de aviação, avalia que pode ter havido congelamento dos comandos, levando o avião a fazer o que os especialistas chamam de “parafuso chato”.
Segundo a companhia, a grande maioria dos passageiros era de Cascavel e da capital paulista.
Avião era sensível a gelo, diz Voepass
O CEO da companhia aérea Voepass, Eduardo Busch, e o diretor de operações da empresa, Marcel Moura, deram uma entrevista coletiva na sexta-feira, 9 de agosto, em Ribeirão Preto (SP) sobre o acidente que matou 62 pessoas em Vinhedo, no interior paulista, nesta tarde.
Na coletiva, Busch confirmou que o modelo da aeronave era sensível a eventuais formações de gelo nas suas asas e na fuselagem.
“Situações climáticas como a de sexta-feira, em que houve a aproximação de uma frente fria, facilitam a formação de gelo”, declarou o CEO.O diretor de operações, por sua vez, não quis falar sobre as causas do acidente. “Neste momento, há muitas informações desencontradas, e qualquer declaração só alimentaria a especulação”, disse Marcel Moura.
Segundo ele, a aeronave havia passado por uma manutenção de rotina nas oficinas da Voepass em Ribeirão Preto, sede da empresa, e estava “100% operacional”.
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