Trabalhadores da Enel alegam falta de segurança
Após mais casos de trabalhadores da enel sendo mortos por clientes, o sindicato alega falta de proteção e exige investigações.
Um eletricitário terceirizado da Enel, Odail Maximiliano Silva Paula, foi morto na quarta-feira (13) por Randal Rossoni, dono de uma academia na Vila Marieta, na Zona Leste de São Paulo. O crime ocorreu quando Odail tentava cortar a energia do estabelecimento devido a inadimplência no pagamento.
Aumento da meta de cortes diários
Foi revelado por um funcionário da PSC Alpitel, empresa para a qual Odail trabalhava, que nos últimos dias a meta de cortes diários passou de 25 para 30. Essa mudança decorre do fato de que as equipes precisam atingir essa cota para receber um bônus mensal, que pode variar de R$ 500 a R$ 1 mil, além do salário bruto de R$ 1.500.
Rotina de ameaças
A rotina desses profissionais é marcada por constantes ameaças e hostilização. O mesmo funcionário da PSC Alpitel declarou já ter sido agredido três vezes durante os trabalhos de corte de energia e afirmou que muitos colegas pensam em abandonar a profissão em decorrência do risco e do estresse ligados à atividade.
Reação do Sindicato
De acordo com o Sindicato dos Eletricitários de SP, o salário-base da categoria para a atividade de corte de energia é de R$ 1.586,85. No entanto, em virtude do baixo nível salarial, muitas empresas aplicam adicionais por produtividade, o que eleva os ganhos dos trabalhadores. A entidade está em campanha para que esses valores sejam incorporados ao salário, elevando o piso para R$ 2.640. Além disso, tenta-se uma redução da pressão sobre produção, considerando o alto risco da atividade.
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