Trabalhadores da Boeing em greve reclamam de salários
Mais de 30.000 trabalhadores da Boeing entraram em greve, rejeitando um acordo que não atendia às suas demandas por aumentos salariais e manutenção de benefícios.
Mais de 30.000 trabalhadores da Boeing estão em greve após seu sindicato rejeitar um acordo que aumentaria os salários em troca da perda de bônus e pensões. A greve, que já entra na sua segunda semana, é motivada por diversas frustrações acumuladas ao longo dos anos.
Conversamos com alguns grevistas na linha de piquete fora de uma fábrica da Boeing em Auburn, Washington, para entender suas razões e preocupações. Muitos mencionaram a perda de bônus, pensões, e o aumento do custo de vida como fatores determinantes para a decisão de parar.
Por Que a Greve Agora?
Davon Smith, 37 anos, ganha menos de 28 dólares por hora fixando as asas dos aviões Boeing 777X, que são vendidos por mais de 400 milhões de dólares cada. Ele também trabalha como segurança em um bar para complementar sua renda. Smith afirma que seu salário não justifica o risco de segurança envolvido em seu trabalho.
Impacto da Perda de Benefícios
Muitos trabalhadores ficaram furiosos com a perda dos benefícios, especialmente das pensões, que garantiam rendimentos na aposentadoria. Mari Baker, 61 anos, que começou a trabalhar na Boeing em 1996, expressou sua indignação com o acordo rejeitado, referindo-se a ele como “um tapa na cara”.
Como a Greve Afeta a Empresa?
A Boeing já enfrentava perdas financeiras antes da greve e, agora, vê sua recuperação ameaçada. Patrick Anderson, CEO do Anderson Economic Group, estima que a greve custou mais de 100 milhões de dólares em salários perdidos e mais de 440 milhões de dólares em perdas para os acionistas, apenas na primeira semana.
Quais São as Reivindicações dos Trabalhadores?
Os trabalhadores exigem um aumento salarial adequado e a restauração dos benefícios retirados. Ryan Roberson, 38 anos, trouxe dois de seus seis filhos para a linha de piquete. Ele acredita que os funcionários devem lutar até que os salários se tornem suficientes para viver dignamente.
Histórias de Luta e Perseverança
Kerri Foster, 47 anos, entrou para a Boeing no ano passado após deixar sua carreira como enfermeira. Ela relata que não consegue pagar suas contas básicas com o salário atual. Já Marc Cisneros, 29 anos, diz que a falta de compensação justa da empresa o coloca em “pobreza essencial”, mesmo trabalhando até 60 horas por semana.
Qual o Futuro da Greve?
Enquanto a empresa tenta encontrar uma solução, a maioria dos trabalhadores permanece firme em sua decisão de continuar a greve. Eles acreditam que só voltarão ao trabalho quando suas demandas forem atendidas completamente.
Conclusão da Situação
A luta dos trabalhadores da Boeing é um lembrete das contínuas batalhas pelos direitos dos trabalhadores em todo o mundo. A greve destaca a importância de melhores condições de trabalho e uma compensação justa pelo serviço prestado, especialmente em setores cruciais como o da aviação.
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