Torcedor do São Paulo foi morto por munição da PM, diz delegada
A Polícia Civil confirmou, nesta segunda-feira (25), que a morte de Rafael dos Santos Tercilio Garcia, torcedor do São Paulo de 32 anos, foi causada após ele ser atingido na cabeça por uma bean bag, munição utilizada pela Polícia Militar em substituição às balas de borracha.
A Polícia Civil confirmou, nesta segunda-feira (25), que a morte de Rafael dos Santos Tercilio Garcia, torcedor do São Paulo de 32 anos, foi causada após ele ser atingido na cabeça por uma bean bag, munição utilizada pela Polícia Militar em substituição às balas de borracha.
O incidente ocorreu durante as comemorações do título da Copa do Brasil, nas imediações do estádio do Morumbi, na noite de domingo (24).
De acordo com a chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Ivalda Aleixo, a causa da morte foi um traumatismo crânio-encefálico, confirmado por um laudo preliminar que identificou a bean bag como responsável pelo ferimento.
Imagens feitas dentro do hospital municipal do Campo Limpo, onde Garcia foi atendido, mostram claramente a munição presente em seu corpo.
A bean bag é composta por várias esferas de metal envoltas em um saco.
O torcedor estava usando um boné no momento em que foi atingido, conforme afirmou um médico legista. Ele foi encontrado desacordado por policiais militares após uma confusão nas proximidades do estádio Cícero Pompeu de Toledo.
As autoridades estão investigando a origem do disparo e a identidade do autor. Além da bean bag que atingiu Garcia, outras três munições desse tipo foram encontradas nas imediações do estádio. Os investigadores irão analisar as imagens das câmeras de segurança e compará-las com as imagens capturadas pelos drones da polícia.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou o uso de bean bags durante a ação dos policiais militares para conter o tumulto com os torcedores. Segundo a secretaria, os policiais utilizaram munições de menor potencial ofensivo, como bean bags, elastômero e jatos d’água.
A PM abriu um inquérito policial militar para investigar o caso e afirmou que irá apurar rigorosamente toda a ação ocorrida no último domingo. Caso seja identificado algum excesso por parte dos policiais, eles serão devidamente investigados e responsabilizados.
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