Todos os caminhos de TrateCov levam à cloroquina
Uma análise do código fonte do TrateCov, que o Ministério da Saúde tirou do ar ontem, constata que o aplicativo "recomendava sempre os mesmos seis tratamentos para qualquer paciente", não importando a combinação de sintomas informados ou de características da pessoa...
Uma análise do código fonte do TrateCov, que o Ministério da Saúde tirou do ar ontem, constata que o aplicativo “recomendava sempre os mesmos seis tratamentos para qualquer paciente”, não importando a combinação de sintomas informados ou de características da pessoa.
A informação é do Jota.
O aplicativo trazia um formulário com 52 campos de informações sobre o paciente para serem preenchidos por profissionais de saúde cadastrados. Uma vez preenchidos, o app deveria calcular a gravidade do estado de saúde, entre 0 e 92 pontos, recomendando a prescrição – combinada ou não- de hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina, doxiciclina e sulfato de zinco em 30mg ou 50mg.
Nenhum destes medicamentos tem eficácia comprovada contra a doença.
“O Jota analisou o código fonte do aplicativo e constatou que, de todas as informações do paciente, apenas 28 informações distribuídas em três seções do formulário podiam influenciar o escore do paciente. Todas as combinações levavam a indicação da prescrição dos mesmos seis tratamentos. Apenas com modulação para a quantidade de sulfato de zinco, que aparece com a opção de indicação de 30mg ou 50mg.”
O TrateCov, segundo informou o Ministério da Saúde, foi elaborado por quadros da própria pasta. No dia 13, Eduardo Pazuello anunciou a novidade com pompa. Depois da repercussão negativa, alegou que o sistema estava ainda em fase de testes e que teria sido invadido por um hacker.
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