“Todas as forças de segurança erraram”, diz presidente da CPMI do 8 de janeiro
Arthur Maia avalia que os depoimentos desta semana da CPMI mostraram que todas as forças de segurança falharam durante as invasões dos prédios dos Três Poderes...
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), avalia que os depoimentos desta semana do colegiado mostraram que todas as forças de segurança falharam durante as invasões dos prédios dos Três Poderes. Além da oitiva do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) General Gonçalves Dias nesta quinta-feira (31), a CPMI ouviu nesta semana o coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
“A incompetência e a culpa já estão caracterizadas sem dúvidas. Não venham pra mim com essa conversa de que foi só uma força de segurança não. Todas erraram e é preciso identificar agora o grau de dolo”, afirmou Maia.
Para o presidente do colegiado, a base governista e a oposição tentam dar um viés político e ficam transferindo as responsabilidades sobre as falhas de segurança. “Não adianta a gente ficar nessa conversa política, porque muitas vezes os deputados e os senadores querem dar um viés político. ‘Foi culpa de A ou foi culpa de B’. Querem dizer que a Polícia Militar estava completamente certa e o GSI estava completamente errado? Ou que a Polícia Militar tava completamente errada e o GSI certo? Isso não é verdade, foi incompetência geral“, completou o deputado.
Em seu depoimento à CPMI, Gonçalves Dias disse que teria agido de maneira mais enérgica na repressão à invasão do Palácio do Planalto caso tivesse o conhecimento sobre os fatos que tem hoje. O ex-ministro admitiu que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) o alertou sobre a “intensificação” das manifestações antes dos atos de 8 de janeiro, mas que a Polícia Militar do Distrito Federal o informou que estava “tudo calmo”.
“Faria diferente, embora tenha plena certa de que envidei todos os esforços e ações que estavam ao meu alcance, para mitigar danos e o mais importante: preservar as vidas de cidadãs e cidadãos brasileiros, sem derramar uma gota de sangue e sem nenhuma morte”, destacou o ex-ministro do GSI.
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