Tiroteio no Complexo de Israel fecha Avenida Brasil e para serviços no Rio
Rio de Janeiro vive manhã de terror com troca de tiros em operação policial
Um intenso tiroteio durante uma operação da Polícia Militar no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio de Janeiro, causou o fechamento da Avenida Brasil, sentido Centro, na altura de Cordovil, na manhã desta segunda, 22. O confronto, que começou na noite de domingo devido a uma guerra entre traficantes rivais, também interrompeu a circulação de trens e o funcionamento de clínicas da família na região.
O tiroteio obrigou passageiros de ônibus a se abaixarem no meio do fogo cruzado e motoristas a saírem de seus veículos para se protegerem dos tiros. A interdição da Avenida Brasil durou poucos minutos, sendo reaberta pouco antes das 8h. Nas redes sociais, imagens mostram a tensão vivida pelos moradores e transeuntes da região.
A operação resultou na prisão de cinco criminosos e na apreensão de um fuzil, duas pistolas, uma granada, um rádio comunicador e drogas. De acordo com a SuperVia, o ramal de Cordovil foi interrompido entre as estações Central do Brasil – Penha e Duque de Caxias – Gramacho. Estações como Penha Circular, Brás de Pina, Cordovil, Parada de Lucas e Vigário Geral ficaram fechadas para embarque e desembarque.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que, devido ao tiroteio, o Centro Municipal de Saúde (CMS) José Breves dos Santos e as clínicas da família (CF) Nilda Campos e Heitor dos Prazeres acionaram o protocolo de acesso mais seguro, interrompendo o funcionamento. Outras unidades de saúde mantiveram o atendimento, mas suspenderam atividades externas como visitas domiciliares.
Moradores utilizaram as redes sociais para expressar indignação e medo diante da violência contínua. Relatos indicam que os confrontos entre traficantes rivais e a polícia têm sido frequentes, afetando a segurança na região. Comentários destacam a sensação de abandono e a rotina perturbada pela violência.
O Complexo de Israel, que abrange comunidades como Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-pau, é dominado pelo traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, líder da facção Terceiro Comando Puro (TCP). A região sofre com disputas territoriais entre o TCP e o Comando Vermelho (CV), exacerbando a violência local.
Horas antes do confronto, o Batalhão de Olaria fez uma operação e prendeu o gerente do tráfico da comunidade do Quitungo, Gabriel Vicente da Silva, conhecido como ‘Cabeludo’. Além disso, apreenderam um fuzil. No dia 19 de julho, criminosos rivais protagonizaram um intenso tiroteio no Complexo de Israel, afetando a circulação dos trens da Supervia na altura de Cordovil. O confronto começou quando criminosos das comunidades do Quitungo e Guaporé, dominadas pelo Comando Vermelho, foram atacados.
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