Tirar os aloprados do Congresso é uma emergência institucional
O Poder Legislativo não está cumprindo o seu papel neste momento de crise institucional. Pode ser também por obra da pandemia, que não permite o funcionamento normal dos plenários da Câmara e do Senado, mas não é a única explicação para a ausência de deputados e senadores quanto ao papel que deveriam ter nesse momento -- o de enfrentar com firmeza a crise na Praça dos Três Poderes...
O Poder Legislativo não está cumprindo o seu papel neste momento de crise institucional. Pode ser também por obra da pandemia, que não permite o funcionamento normal dos plenários da Câmara e do Senado, mas não é a única explicação para a ausência de deputados e senadores quanto ao papel que deveriam ter nesse momento — o de enfrentar com firmeza a crise na Praça dos Três Poderes.
Em poucas palavras, caberia ao Legislativo cassar os mandatos de parlamentares que participam de atos contra a democracia. Certamente haveria obstáculos, uma vez que o Centrão está comprado pelo Palácio do Planalto, mas eles poderiam ser superados com a hipótese de colocar sucessivamente em votação os pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro, que já somam quase três dezenas. O presidente estaria disposto a enfrentar mais esse esgarçamento, apenas para manter os mandatos de parlamentares aloprados?
Ainda que infestado por fisiológicos, o Legislativo não pode acovardar-se neste momento. Precisa ir além das palavras e agir. Tirar os aloprados do Congresso é uma emergência institucional até mesmo para quem enche as burras na base do toma lá dá cá.
Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre têm de entender que não se pode tergiversar em relação à democracia.
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