Tentativas de mudar voto secreto na Câmara nunca avançaram
Foram pelo menos três tentativas, nos últimos 20 anos, de alterar o regimento da Câmara para garantir votação aberta na eleição para presidente da Casa. Nenhuma delas avançou...
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Foram pelo menos três tentativas, nos últimos 20 anos, de alterar o regimento da Câmara para garantir votação aberta na eleição para presidente da Casa.
Nenhuma delas avançou.
A mais recente proposta para derrubar o voto secreto foi apresentada em 2019 pelo deputado Léo Moraes, hoje líder da bancada do Podemos. O projeto de resolução acabou sendo juntado a uma proposta semelhante de 2015, que, por sua vez, estava atrelada a projeto com igual teor protocolado em 2001.
“É um absurdo que a votação ainda seja secreta”, disse Moraes a O Antagonista.
Na justificativa de sua proposta, que está parada na Câmara, ele argumentou: “O eleitor tem o direito de conhecer o posicionamento político dos seus representantes nas votações”.
Outros deputados — minoria — apoiam a ideia.
“A votação precisa ser aberta, até para evitar a traição, aquela situação em que o deputado ‘pisa em duas canoas’. Tem que acabar com esse absurdo”, disse a este site o deputado Delegado Waldir (PSL).
Kim Kataguiri (DEM) afirmou: “A votação secreta afasta a sociedade do debate e permite que o deputado faça negociações com os candidatos, sem prestar contas ao seu próprio eleitor”. É o mesmo raciocínio do deputado Joaquim Passarinho (PSD), para quem “o eleitor tem o direito de saber como seu representante vota”.
Mais cedo, mostramos que a maioria dos deputados é a favor da votação secreta, “para evitar constrangimento”: leia aqui.
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