Temer, o sobrevivente (até agora)
Michel Temer é o presidente mais impopular da história, é verdade. Mas entregará a Jair Bolsonaro um país melhor do que recebeu de Dilma Rousseff. A inflação caiu, a taxa de juros está em seu menor patamar desde 1999 e...
Michel Temer é o presidente mais impopular da história, é verdade. Mas entregará a Jair Bolsonaro um país melhor do que recebeu de Dilma Rousseff.
A inflação caiu, a taxa de juros está em seu menor patamar desde 1999 e o Brasil vai voltando aos poucos a gerar empregos, superando lentamente a catástrofe petista.
Outras crises caíram nos ombros de Temer: o caos na segurança pública, no Rio, e as crises da imigração de venezuelanos e penitenciária em Roraima. Nos dois casos, ele decretou intervenção federal nos estados: no Rio, em fevereiro, e em Roraima, em dezembro.
A impopularidade fez de Temer um elemento tóxico a ser evitado por candidatos em ano eleitoral: todos evitaram Temer — nem mesmo Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e candidato do MDB à presidência, quis ter sua imagem colada à do presidente.
Chateado com o isolamento e críticas ao seu governo, Temer viveu durante a campanha alguns dias de “youtuber”.
Sob o título “Fale a verdade”, protagonizava vídeos contestando críticas de Geraldo Alckmin, João Doria e Fernando Haddad.
Política à parte, investigações sobre corrupção seguiram rondando a vida de Temer.
A Operação Skala, por exemplo, voltou a prender nomes do seu entorno — soltos depois pelo ministro Luís Roberto Barroso, a pedido da PGR.
Na operação, que investigava fraudes no setor portuário por meio do já famoso decreto dos Portos, foram emitidos pedidos de prisão para 13 pessoas, entre elas o coronel Lima, amigo do presidente, e o empresário Antônio Greco, dono da Rodrimar, empresa que teria sido beneficiada pela canetada de Temer.
Na ocasião, o Planalto divulgou nota dizendo que a operação tinha como objetivo “destruir a reputação” do presidente.
O decreto dos Portos deve continuar abalando a reputação de Temer depois que ele deixar o Palácio do Planalto.
No último dia antes do recesso do Judiciário, a PGR denunciou o presidente no inquérito.
Na nova denúncia, Dodge exigiu que Temer e outros 5 acusados por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro devolvam R$ 32,6 milhões aos cofres públicos.
Como ele deixa o Planalto no dia 31 de dezembro, a PGR quer que o processo seja remetido à 1ª instância em Brasília.
Será que Temer, o sobrevivente (até agora), vai tentar descolar uma embaixada em 2019?
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