Taxa de mortalidade infantil indígena disparou Taxa de mortalidade infantil indígena disparou
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Taxa de mortalidade infantil indígena disparou

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 14.04.2024 09:30 comentários
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Taxa de mortalidade infantil indígena disparou

Desvende a desigualdade na mortalidade infantil indígena do Brasil e as ações urgentes para enfrentá-la. Saúde, obstáculos e soluções em destaque.

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Taxa de mortalidade infantil indígena disparou
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um recente estudo revelou dados alarmantes sobre a mortalidade infantil indígena no Brasil, evidenciando uma significativa desigualdade em comparação com crianças não indígenas. Publicado pelo Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI), o relatório “Desigualdades em saúde de crianças indígenas” traz à tona uma realidade preocupante e chama a atenção para a necessidade urgente de políticas públicas eficazes.

Como está a situação das crianças indígenas brasileiras?

Entre 2018 e 2022, a taxa de mortalidade de crianças indígenas foi quase o dobro da observada em crianças não indígenas. O estudo, que separou as crianças em dois grupos – recém-nascidos com até 27 dias de vida e crianças de até quatro anos –, identificou um padrão de mortalidade 50% superior entre os indígenas, uma discrepância que não pode ser ignorada.

Por que crianças indígenas são mais vulneráveis?

Os resultados apontam para um quadro de mortes causadas majoritariamente por doenças evitáveis. Enquanto nas comunidades não indígenas, as causas de mortalidade estão mais ligadas a complicações na gestação e malformações, nas comunidades indígenas, doenças respiratórias, infecciosas, parasitárias, além de problemas nutricionais e metabólicos, são predominantes. Tal realidade reflete as condições de acesso à saúde e o embate cultural existente.

Quais são os obstáculos para a melhoria da saúde infantil indígena?

A coordenadora do estudo e professora Marcia Machado apontou a logística e dificuldades na construção de uma relação de confiança com as comunidades indígenas como desafios críticos. A distância, a infraestrutura limitada e a falta de familiaridade dos profissionais de saúde com as culturas indígenas contribuem significativamente para essa realidade complexa.

    • A importância do vínculo: Estabelecer confiança entre profissionais de saúde e comunidades indígenas é crucial para o sucesso dos atendimentos.
    • Adaptação cultural: Uma aproximação respeitosa e informada às práticas e crenças indígenas pode melhorar significativamente a aceitação e eficácia das intervenções de saúde.
    • Capacitação contínua: A formação específica para profissionais sobre a realidade indígena é essencial para superar esses obstáculos.

O que pode ser feito?

Entre as recomendações do estudo, está o desenvolvimento de estratégias de educação continuada para profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), a adaptação dos programas de saúde à realidade indígena, e a priorização de atendimentos a gestantes e crianças na primeira infância. Estas medidas buscam garantir um acompanhamento adequado e respeitoso, essencial para mudar o panorama atual.

O Ministério da Saúde foi contatado para comentar sobre o estudo e as medidas que serão adotadas em resposta a essas descobertas. A expectativa é de que o estudo não apenas ilumine as dificuldades enfrentadas pelas crianças indígenas, mas que também funcione como um catalisador para a implementação de políticas públicas que possam endereçar e mitigar essas desigualdades de maneira efetiva e respeitosa.

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