Tarcísio: “Se o Brasil fosse sério, Pablo Marçal seria preso”
“A fraude vai ser comprovada com muita facilidade”, afirmou o governador de São Paulo sobre laudo falso divulgado por Marçal
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos; foto), afirmou neste sábado, 5, véspera das eleições municipais, que o influenciador Pablo Marçal (PRTB) deveria ser preso por divulgar laudo falso para acusar Guilherme Boulos de usar drogas.
“A fraude vai ser comprovada com muita facilidade. Não dá pra entender, é surreal que está acontecendo, o descaramento de soltar um documento desse, eu não consigo acompanhar”, disse o governador durante agenda de campanha com o prefeito Ricardo Nunes, na zona leste da capital paulista.
“Acho que isso vai ter repercussão eleitoral sim, acho que as pessoas que estavam encantadas vão ver que ele não é fiel, confiável, que faz qualquer coisa para chegar ao poder. Eu acredito que as pessoas de bem não aceitam isso”, acrescentou, dizendo que “se o Brasil fosse sério, Pablo Marçal seria preso”.
PF abre inquérito
A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o laudo falso usado pelo ex-coach. Os peritos federais já analisam o documento divulgado pelo candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo.
Como mostramos, a Justiça Eleitoral reconheceu indícios de falsificação no documento. O ex-coach publicou o suposto prontuário médico enquanto participava de um podcast na sexta-feira, 4.
O documento é datado de 19/01/2021. O candidato do PSOL negou a autenticidade do laudo, compartilhou imagens referentes à data mencionada na receita e declarou que pedirá a prisão de Marçal e do proprietário da clínica responsável pelo documento, a Mais Consultas.
Segundo o juiz eleitoral, “há plausibilidade” nas alegações da campanha de Boulos que apontam a “falsidade do documento”. Ele cita ainda a “proximidade” do ex-coach com o dono da clínica responsável pelo laudo e o fato de o documento médico ter sido “assinado por profissional já falecido”.
Também aponta inconsistências no documento apresentado por Marçal, como o número errado do RG do candidato do PSOL. As inconsistências vão desde erros como a frase “por minha atendido” até a palavra “cocaína” escrita sem o acento.
Em sua decisão, Colombini atendeu parte do pedido da campanha de Boulos e não determinou nova derrubada do perfil de Marçal.
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