Tarcísio não para de mandar sinais para Bolsonaro
Chamado de “líder maior” por Ricardo Nunes, o governador de São Paulo tenta evitar problemas com seu antigo chefe
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a sinalizar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira, 11, que não planeja rivalizar com o ex-chefe pela liderança da direita, nem pelo posto de candidato à Presidência da República em 2026, embora Bolsonaro esteja inelegível até 2030.
No X, o governador de São Paulo compartilhou imagens do artigo escrito publicado por Bolsonaro na Folha de S.Paulo e escreveu:
“Com a palavra, a maior liderança política do país: Jair Bolsonaro.”
Bolsonaro, inelegível e incomodado
A possibilidade de não conseguir concorrer em 2026 e as especulações sobre seus possíveis substitutos tem incomodado Bolsonaro.
Em entrevista concedida na semana passada, o ex-presidente rebateu o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que classificou Tarcísio como “líder maior” em seu discurso de reeleição em São Paulo.
“[Tarcísio] é um grande líder no estado, verdade… ninguém vai me provocar”, comentou Bolsonaro na entrevista, em que também sobraram recados para o deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e o influenciador Pablo Marçal.
Foto com Bolsonaro e Milei
No domingo, 10, por ocasião da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, Tarcísio compartilhou uma foto que tirou ao lado de Bolsonaro e do presidente da Argentina, Javier Milei, e escreveu:
“Uma foto ao lado de dois grandes líderes da direita e ícones da liberdade! Agora, responde aqui nos comentários: tá faltando quem aí pra completar esse trio? #MakeAmericaGreatAgain“, diz postagem no perfil de Tarcísio no X, com a hashtag alusiva a Trump, para não deixar dúvidas sobre a resposta.
É uma postura bem diferente da do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que já se apresentou como pleiteante ao Palácio do Planalto e tem trocado farpas com Bolsonaro em público.
Tarcísio já tinha feito outra postagem para celebrar a eleição de Trump, como uma “vitória do conservadorismo”, e acrescentou: “Olhamos para os Estados Unidos com esperança ao ver o movimento conservador superar um dos seus obstáculos mais desafiadores”.
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