Tabata para Boulos: “Só agora você diz que a Venezuela é uma ditadura”
Para tentar atrair o eleitor de centro e fugir da pecha de radical, Boulos fez vários acenos ao eleitor mais conservador
A deputada federal e a candidata do PSB à prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral, criticou a mudança de postura de Guilherme Boulos (PSOL) ao longo da campanha eleitoral deste ano na disputa pela Prefeitura de São Paulo durante o debate da TV Record, realizado neste sábado, 28.
Para tentar atrair o eleitor de centro e fugir da pecha de radical, Boulos fez vários acenos ao eleitor conservador como, por exemplo, evitar se pronunciar sobre políticas em prol do aborto.
“Você abriu mão de muitos posicionamentos históricos que você e seu partido defenderem veementemente. Você dizia que era a favor da descriminalização das drogas, agora é contra; dizia que era a favor da legalização do aberto, agora diz que defende a lei do jeito que está… agora mudou sua posição com reação à Venezuela, e reconhece que é uma ditadura”, declarou Tabata.
Guilherme Boulos, no entanto, classificou a declaração como “mentirosa”.
O modo “Boulos paz e amor” também foi explorado por Pablo Marçal, durante uma intervenção ao lado de Tabata Amaral.
“Não dá para acreditar na figura de Boulos. Ele é de extrema-esquerda. Ele tem um partido que é 100% contra o que ele está pregando nas eleições”, acrescentou Marçal.
Diante das críticas, o candidato do PSOL, durante embate com Marina Helena (Novo), disse que nunca invadiu uma residência sequer em sua história como líder sem teto.
“Eu desafiei todos eles que me atacam a dizer uma casa que o Movimento Sem Teto invadiu. Sigo esperando. Ao contrário, digo para eles. Eu digo quantas casas nós já entregamos”, declarou o parlamentar.
Nunes foi o alvo preferencial no início do debate
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), foi o alvo preferencial de todos os candidatos no início do debate da TV Record. O embate tem regras mais rígidas, mas isso não foi suficiente para evitar a troca de farpas entre os postulantes ao Poder Executivo paulistano.
No início do debate, houve uma troca de acusações entre o prefeito de São Paulo e o ex-coach. Em sua pergunta a Nunes, Marçal citou a “máfia das creches” – a investigação feita pela Polícia Federal sobre desvios de recursos da prefeitura de São Paulo, que tem aliados do emedebista como alvos.
“Não quero ser injusto com você, mas como estou acompanhando bem próximo, existe pagamento em seu nome e de familiares”, disse Marçal, que complementou. “Ninguém aqui está criticando a prefeitura, estamos mostrando a pessoa que toca a prefeitura”, declarou o influenciador.
Em contrapartida, Nunes citou a condenação do influenciador digital pela Justiça Federal de 2010. Apesar de ele ter sido condenado, ele não cumpriu a pena, pois o crime prescreveu.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)