Suzane von Richthofen: justiça nega pedido de redução de tratamentos psiquiátricos
Suzane von Richthofen teve seu pedido de redução de tratamentos psiquiátricos e psicológicos recusado pela Justiça de São Paulo. Os tratamentos são exigências para que ela possa manter o regime aberto.
A Justiça de São Paulo negou, em segunda instância, o pedido de Suzane von Richthofen para diminuir a frequência dos tratamentos psicológicos e psiquiátricos obrigatórios desde que ela avançou para o regime aberto, em janeiro deste ano. Condenada em 2002 a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, Suzane está tentando equilibrar sua vida pessoal com as condições impostas pelo sistema judiciário.
A decisão foi tomada pelo desembargador Damião Cogan e divulgada na última sexta-feira (27/9). A continuidade do tratamento com profissionais de saúde mental é uma condição necessária para que ela permaneça no regime semiaberto.
Detalhes do Pedido de Redução
Atualmente, Suzane participa de sessões semanais com psicólogos e de consultas mensais com um psiquiatra. O pedido apresentado ao tribunal visava reduzir as sessões psicológicas para mensais e as consultas psiquiátricas para trimestrais.
A defesa de Suzane argumentou que ela é atendida pelo SUS e tem comparecido pontualmente a todas as consultas. Além disso, afirmaram que ela está tranquila, sem queixas, e bem adaptada à sua rotina, que inclui estudos de Direito, cuidados maternos e gerenciamento do lar.
Motivações da Decisão
Apesar dos argumentos da defesa, o Ministério Público de São Paulo se opôs à redução. O desembargador Damião Cogan justificou que os tratamentos atuais têm mostrado resultados positivos para a ressocialização e recuperação de Suzane, considerando não ser o momento para alterar a periodicidade dos atendimentos.
Contexto do Caso
Em 31 de outubro de 2002, Manfred e Marísia von Richthofen foram assassinados a mando de sua filha Suzane, em colaboração com os irmãos Cravinhos, Daniel e Cristian, na casa da família no Brooklin, zona sul de São Paulo. O crime chocou o país pela sua frieza e precisão.
Na época, Suzane era estudante de Direito na PUC-SP e estava prestes a completar 19 anos. Em 11 de janeiro de 2023, ela foi liberada para o regime aberto, condicionada a uma série de restrições, como não sair de casa entre 20h e 6h, necessitar de autorização judicial para viajar e não consumir bebidas alcoólicas em locais públicos.
Vida Pós-Regime Fechado
Atualmente, Suzane vive em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. Ela é casada com o médico Felipe Zecchini Nunes e o casal teve seu primeiro filho em 26 de janeiro deste ano. Em fevereiro, Suzane iniciou seus estudos em Direito na Universidade São Francisco, campus Bragança Paulista, após ser aprovada com destaque no ENEM.
Até o momento, a defesa de Suzane não se pronunciou sobre a decisão judicial recente. Caso haja declarações futuras, o espaço permanece aberto para novos posicionamentos.
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