Surge nova terapia para o câncer?
USP desenvolve nova terapia genética para tratar leucemia
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Um novo marco para o avanço da medicina no Brasil foi alcançado pela Universidade de São Paulo (USP) e o Hemocentro de Ribeirão Preto, onde foi desenvolvida uma terapia pioneira para o tratamento da leucemia linfoide aguda de células B e o linfoma não Hodgkin de células B.
Rodrigo Calado, diretor-presidente do Hemocentro, destaca a importância dessa inovação. “Os 20 pacientes que nós já tratamos até o momento eram pacientes que não tinham mais nenhuma opção terapêutica. Eles já tinham passado por todos os outros tipos de tratamento anteriormente e a doença continuava. Esses pacientes, então, ficaram livres da doença. Isso abre uma perspectiva muito favorável para pessoas que já não têm mais nenhuma perspectiva terapêutica.”
O que é a terapia de células CAR-T?
Esse tratamento inovador consiste na reprogramação genética das células de defesa do organismo do paciente, conhecidas como linfócitos. Eles são coletados, manipulados e expandidos em laboratório e depois retornam à corrente sanguínea do paciente para reconhecer e combater as células cancerígenas.
Essa técnica cria “células de defesa treinadas” para reconhecer especificamente as células do câncer, descreve o Dr. Calado. “É um mecanismo de ensino dessas células do sistema imunológico para reconhecer especificamente essas células do câncer”.
Avanços e expectativas
Após tratamento experimental com 20 pacientes, 14 deles se encontram em bom estado de saúde. Todos eram casos graves para os quais não havia mais opção terapêutica.
Há a expectativa para o acompanhamento de 81 pacientes selecionados nestes testes clínicos, que deve ter duração de um ano. A esperança é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) possa registrar a nova terapia em 2025, tornando-a acessível a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para Paulo, um dos pacientes tratados, a expansão do estudo clínico é motivo de alívio e alegria: “A minha vida era sempre no fio da navalha. Para mim, é felicidade pura não tem como me sentir diferente. Por todo mundo, não só por mim”.
Este avanço representa uma grande esperança para os pacientes que lutam contra a leucemia e carecem de opções terapêuticas, destacando a importância contínua da pesquisa e desenvolvimento na área médica.
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