Suplente de vereadora do PT presa em operação contra PCC
Janaína Xavier, que foi candidata a vereadora pelo partido de Lula, é suspeita de chefiar o tráfico de drogas em hotel no centro de SP
Uma megaoperação realizada no centro de São Paulo resultou na prisão de Janaína da Conceição Cerqueira Xavier (foto), de 44 anos, suplente de vereadora pelo PT nas eleições de 2020. A acusada, que recebeu 238 votos na época, não conseguiu se eleger, mas ficou como suplente.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Janaína Xavier, conhecida por liderar uma ocupação no centro da cidade, está sendo investigada sob suspeita de comandar o tráfico de drogas em um hotel localizado na alameda Barão de Piracicaba.
De acordo com os investigadores, o hotel pertence a Leonardo Monteiro Moja, uma figura de destaque no PCC (Primeiro Comando da Capital) na favela do Moinho.
O que disse o PT
O diretório municipal do PT afirmou que Janaína Xavier nunca teve uma participação ativa no partido, sendo filiada apenas em 2019 para concorrer às eleições como representante dos sem-teto. “No momento da filiação, não havia nenhum processo contra ela“, declarou o partido.
Megaoperação mira PCC e milícia na Cracolândia
Uma investigação do Ministério Público Estadual (MPE) culminou em uma grande operação visando desmantelar uma milícia formada por guardas-civis e policiais militares no centro de São Paulo na manhã desta terça-feira, 6 de agosto.
Esse grupo extorquia comerciantes da região oferecendo proteção contra a violência e o tráfico de drogas, enquanto o Primeiro Comando da Capital (PCC) controlava o tráfico e a receptação de celulares roubados na região da Cracolândia.
Denominada Operação Salus et Dignitas, a ação mobilizou 1.300 agentes, incluindo 1.000 policiais militares, 105 policiais civis, e 150 policiais rodoviários federais.
No total, 117 mandados de busca e apreensão foram expedidos, além de ordens para a prisão de sete indivíduos envolvidos com a milícia e o PCC. A Justiça também decretou o sequestro de 20 hotéis, quatro estacionamentos e 15 ferros-velhos, entre outros estabelecimentos.
“Ecossistema Criminoso” na Cracolândia
A investigação do Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado) identificou um “ecossistema de atividades ilícitas” que envolve desde a cobrança de segurança a comerciantes até a distribuição de drogas e a venda de armas. Entre as descobertas, estão redes de prostituição e trabalho infantil, com usuários de drogas sendo pagos com crack e cachaça.
O Primeiro Comando da Capital exerce controle significativo sobre a região, praticando diversos tipos de crimes, incluindo tráfico de drogas, receptação de produtos roubados e venda de armas. A região central de São Paulo tem índices de criminalidade muito superiores à média da cidade, com destaque para roubos, furtos e tráfico de drogas.
Balanço da operação
Durante a operação, foram cumpridos 85 mandados de busca e apreensão, 48 medidas de confisco e bloqueio de bens, e 45 medidas de suspensão de atividades econômicas e lacração de estabelecimentos.
Sete pessoas identificadas como lideranças ou integrantes essenciais dos grupos criminosos tiveram suas prisões preventivas decretadas.
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