Superfungo Candida auris: Mais 2 casos confirmados em BH e 24 em investigação
A Prefeitura de Belo Horizonte informou a detecção de mais dois casos de infecção pelo superfungo Candida auris.
A Prefeitura de Belo Horizonte informou recentemente a detecção de mais dois casos de infecção pelo superfungo Candida auris. No total, três pacientes foram diagnosticados na cidade até o momento.
As autoridades de saúde também estão investigando 24 casos suspeitos que tiveram contato com os pacientes confirmados, seguindo protocolos cuidadosamente estabelecidos no hospital João XXIII, gerido pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
Medidas de prevenção no Hospital João XXIII
Após a confirmação do primeiro caso, as autoridades de saúde do hospital João XXIII intensificaram suas práticas de controle de infecção para evitar a propagação do fungo altamente transmissível.
São seguidas recomendações que incluem a higienização frequente das mãos e o uso obrigatório de equipamentos de proteção como luvas e aventais por parte dos funcionários da saúde, ações consideradas essenciais pelo Ministério da Saúde.
Características do Superfungo Candida auris
Identificado pela primeira vez em 2009 no Japão, o fungo Candida auris rapidamente se tornou uma preocupação mundial devido à sua resistência aos tratamentos tradicionais.
No Brasil, o fungo foi encontrado em um paciente em 2020, na cidade de Salvador.
Estudos mostram que um grande número das cepas de Candida auris são resistentes a antifúngicos como fluconazol e anfotericina B, o que torna o manejo clínico das infecções um desafio significativo.
Riscos e taxa de mortalidade do superfungo Candida auris
Invasões do fungo na corrente sanguínea do hospedeiro podem levar a infecções sistêmicas, com taxas de mortalidade que variam entre 29% e 53%, conforme relatado pela Organização Mundial da Saúde.
Indivíduos com sistema imunológico comprometido ou doenças pré-existentes são particularmente vulneráveis a essas infecções, que podem ser fatais quando não adequadamente geridas.
Estratégias de vigilância e controle
A descoberta de casos em Belo Horizonte sublinha a necessidade de estratégias robustas de vigilância epidemiológica e controle de infecções em unidades de saúde.
Especialistas em saúde pública enfatizam a importância de protocolos bem definidos e intercâmbio de informações entre instituições de saúde, de modo a prevenir surtos futuros e garantir tratamento eficaz para pacientes já infectados.
A situação continua a ser acompanhada de perto pelas autoridades locais para garantir que todas as medidas necessárias sejam aplicadas.
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