Substituto de Witzel, Claudio Castro é amigo do clã Bolsonaro e vai escolher novo chefe do MP
Cláudio Castro, que assume o governo do Rio de Janeiro provisoriamente, também é do PSC de Wilson Witzel e presidido por Pastor Everaldo, preso na operação da hoje. Ele se filiou ao partido em 2002...
Cláudio Castro, que assume o governo do Rio de Janeiro provisoriamente, também é do PSC de Wilson Witzel e presidido por Pastor Everaldo, preso na operação da hoje. Ele se filiou ao partido em 2002. Castro nasceu em Santos (SP), mas cresceu e fez carreira política no Rio.
Tem dois álbuns lançados como cantor católico: os mais próximos acham que ele toca violão melhor do que canta. É “querido” pela Igreja Católica local, tendo boa relação com o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta.
Castro estava em seu segundo mandato como vereador quando, em 2018, Everaldo lhe deu a missão de ser candidato a vice na chapa de Witzel. Ele costuma dizer que nunca imaginaria que a empreitada fosse dar certo.
Antes, Castro foi chefe de gabinete durante mais de 10 anos do deputado estadual Márcio Pacheco (PSC), o primeiro denunciado por esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
O vice que agora assume o comando do Rio é considerado “habilidoso” na convivência com demais políticos e de perfil “conciliador”. Tem boa relação com Eduardo Paes, Rodrigo Maia e com a família Bolsonaro, principalmente com o Flávio e Carlos.
Castro e Carluxo, então filiado ao PSC, compuseram a bancada de 3 vereadores da legenda ao lado de Fátima da Solidariedade. Entre projetos de lei, emendas, requerimentos e moções, fizeram ao menos sete representações conjuntas.
Coincidentemente, Castro esteve ontem em Brasília e teria se reunido com integrantes da família Bolsonaro, segundo Veja. Apesar de investigado na operação de hoje, ele não foi impedido de ocupar o comando do Executivo fluminense.
Como governador pelos próximos 180 dias, pelo menos, caberá a ele escolher o próximo procurador-geral de Justiça em dezembro. Essa questão não passou despercebida a Witzel, que questionou: “Por que 180 dias? Por que tenho que escolher o novo procurador-geral em dezembro?”
Como chefe do MP, o substituto de Eduardo Gussem terá poder sobre a investigação que mais apavora Flávio e o clã Bolsonaro: o esquema da rachadinha.
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