STF quer julgar Bolsonaro antes do período eleitoral de 2026
A expectativa é que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente sua denúncia sobre a envolvimento de Bolsonaro no caso em fevereiro
Integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) acreditam que terão condições de julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro pela suposta participação em uma trama para se instituir um golpe de Estado no segundo semestre do ano que vem.
Conforme apurou este portal, a expectativa é que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente sua denúncia sobre a suposta participação de Bolsonaro no plano golpista em fevereiro. Com isso, abre-se a possibilidade de o STF se pronunciar sobre o recebimento ou não da denúncia ainda no primeiro trimestre. Após essa fase, abre-se a etapa para a instrução processual e coleta de novos depoimentos.
Cumprida essa etapa, segundo apurou O Antagonista, o STF já teria condições de efetuar o julgamento de Bolsonaro e aliados no final do ano que vem.
Correndo contra o tempo para evitar ‘coincidências eleitorais’
No STF, há o sentimento de que o caso não pode se arrastar para 2026, sob pena de os ministros do STF serem acusados de usar a investigação sobre o suposto golpe de Estado para, de forma deliberada, tirar Bolsonaro das próximas eleições gerais.
Com ou sem julgamento, o fato é que aliados do ex-presidente classificaram o inquérito da PF sobre o suposto golpe de Estado como uma perseguição ao grupo político de Bolsonaro.
“Diante de todas as narrativas construídas ao longo dos últimos anos, o indiciamento do Presidente Jair Bolsonaro, do Presidente Valdemar Costa Neto, e de outras 35 pessoas, comunicado na presente data pela Polícia Federal, não só era esperado, como representa sequência ao processo de incessante perseguição política ao espectro político que representam”, disse o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), por meio de nota oficial.
O que diz o documento encaminhado ao STF?
Como registramos nesta quinta-feira, 21, a Polícia Federal (PF) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o inquérito relacionado à tentativa de um golpe de Estado no Brasil. Ao todo, 37 pessoas foram apontadas em supostos cometimentos dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Entre os nomes citados pela PF têm maior destaque: Jair Bolsonaro, os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Anderson Torres. A instituição apontou ainda a participação do deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin), Alexandre Ramagem e do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto.
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Comentários (2)
Angelo Sanchez
22.11.2024 16:00O sonho dos adeptos à corrupção, que elegeu um "descondenado corrupto", é ver Bolsonaro fora da disputa eleitoral, se ele puder concorrer vai ganhar com certeza, se não, vai indicar alguém que vencerá da mesma forma.
Alessandro Campos Moreira
22.11.2024 15:53O indigitado já não está fora das próximas eleições de qualquer maneira? Ou a inelegibilidade já declarada do bolso é só pra inglês ver?