STF condena principais envolvidos nos atos de 8 de janeiro
Dois anos após as invasões em Brasília, tribunal define penas para líderes das ações que resultaram em depredação e violência contra as sedes dos Três Poderes
Passados dois anos desde os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, o Supremo Tribunal Federal já condenou 371 pessoas, enquanto 527 firmaram acordos de não persecução penal com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e cinco foram absolvidas.
Os dados são de uma matéria publicada pelo site Congresso em Foco, que também destacou os casos mais emblemáticos relacionados ao episódio. Entre os condenados está Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como “Fátima de Tubarão”.
A bolsonarista foi identificada por um vídeo gravado na época, em que dizia “pegar o Xandão”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes, e admitia depredações no STF. Ela foi condenada a 17 anos de prisão em regime fechado por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano ao patrimônio público. Fátima está presa em Criciúma, Santa Catarina, desde janeiro de 2023.
Outro caso notório é o de Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado por depredar um relógio histórico trazido ao Brasil por Dom João VI em 1808, localizado no Palácio do Planalto. Ele também recebeu pena de 17 anos de prisão após confessar o crime. Antônio cumpre pena em Uberlândia, Minas Gerais.
Já Leonardo Rodrigues de Jesus, primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro e conhecido como Léo Índio, foi acusado de participar dos atos após publicar registros feitos no Congresso Nacional. A mesma matéria aponta que o STF arquivou a petição contra ele, com os autos sendo remetidos a outro processo sob sigilo.
Outro episódio destacado foi o de Débora Rodrigues dos Santos, que pichou a estátua da Justiça em frente ao STF com a frase “Perdeu, mané”. Ela está presa desde março de 2023 e aguarda julgamento por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano ao patrimônio público.
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