Starbucks e Outback estão por um fio no Brasil?
Crise de restaurantes famosos no Brasil: Starbucks e Outback enfrentam desafios financeiros e buscam soluções para sobreviver.
Recentemente, destacou-se no cenário econômico a situação de grandes nomes da indústria de restaurantes, que enfrentam desafios distintos mas que podem terminar com a mesma solução: a mudança de proprietário. Entre estes está a famosa rede Starbucks, operada no Brasil pela SouthRock Capital, que recentemente solicitou recuperação judicial devido a uma dívida significativa acumulada.
O que levou a Starbucks a pedir recuperação judicial?
No final de 2023, a SouthRock Capital, que também gerencia outras marcas conhecidas como TGI Friday’s e Eataly, destacou-se nas manchetes ao anunciar a solicitação de recuperação judicial com dívidas totalizando R$ 1,8 bilhão. A medida não envolveu todos os ativos operados pela empresa, mas foi uma clara indicação dos problemas financeiros enfrentados pela operadora.
Apesar dessa situação, suscitou-se a possibilidade de uma compra por parte da Zamp, empresa que controla o Burger King no Brasil. Isso poderia manter a marca Starbucks viva e em expansão no país, fazendo com que suas lojas continuem sendo um ponto de encontro para os admiradores do café.
A consolidação poderia salvar a Starbucks no Brasil?
A negociação entre a SouthRock e a Zamp sugere um cenário de esperança para a Starbucks no Brasil. A articulação de inteligências entre as duas empresas pode resultar não apenas na continuação da marca, mas também numa revitalização da sua presença no mercado brasileiro, onde o café ocupa um lugar especial na cultura popular.
A situação da Subway
O cenário também é complicado para outra marca operada pela SouthRock, a Subway. Embora a controladora americana da marca tenha retomado o controle da operação brasileira, reafirmou seu compromisso com o sucesso e a expansão da Subway no Brasil. A marca, conhecida pelos seus sanduíches personalizáveis, enfrenta uma fase de reestruturação, que esperam-se ser positiva.
Outback: A possível luz no fim do túnel?
Além da Starbucks e da Subway, o Outback também enfrenta seus próprios desafios, especialmente a matriz nos Estados Unidos. Com um prejuízo substancial no primeiro trimestre de 2024, a Bloomin’ Brands, empresa-mãe do Outback, pondera a venda de sua lucrativa operação brasileira como uma estratégia para amenizar suas dificuldades financeiras.
No Brasil, o Outback continua sendo um destino popular, indicado pelas constantes filas de espera. Isso demonstra a força contínua da marca aqui, ao contrário do conceito de casual dining nos EUA, que tem sofrido com a concorrência de modelos de fast-casual e fast-food.
Impacto mais amplo no setor de alimentação casual nos EUA
De acordo com pesquisa da Technomic, o segmento de casual dining, representado por marcas como Applebee’s, Olive Garden e Red Lobster, viu uma diminuição de participação de mercado de 36% em 2013 para 31% em 2023, refletindo uma mudança de preferências dos consumidores americanos que favorecem opções mais rápidas e econômicas.
Com a necessidade de adaptar-se a essas novas dinâmicas de mercado e as específicas crises de gestão e financeiras, as operações no Brasil parecem vitais para a sustentabilidade de marcas internacionalmente reconhecidas, como a Starbucks e a Outback. Enquanto enfrentam esses ventos contrários, o próximo passo dessas empresas será crucial para definir seu futuro tanto no cenário local quanto global.
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