“Somos todos Bolsonaro”
“Fui chamado pelo ministro Pazuello”, disse Luiz Paulo Dominguetti, o atravessador da Davati, em mensagem de WhatsApp para seu pai. Ele havia acabado de sair de uma reunião no Ministério da Saúde...
“Fui chamado pelo ministro Pazuello”, disse Luiz Paulo Dominguetti, o atravessador da Davati, em mensagem de WhatsApp para seu pai.
Ele havia acabado de sair de uma reunião no Ministério da Saúde, segundo a conversa obtida pelo UOL.
O pai comentou:
“Caraca! O que será que ele está querendo? Não esqueça, somos todos Bolsonaro!”
Dominguetti respondeu:
“Vacinas, uai. Acho que Brasília vai ser nosso novo lar. Kkkk.”
O pai perguntou:
“Ainda tem vacina? Parece que é só você que vende rsrsrsrs. Brasília é outro mund$. Isso é muito bom, vai abrir muitas portas. Logo você vai comprar uma lancha para por lá no lago Paranoá… É o rei das vacinas”.
Dominguetti concluiu:
“Janto hoje com o secretário executivo que assina os contratos”.
Algumas horas mais tarde, depois do jantar, ele deu detalhes sobre a conversa:
“O Ministério é nosso. 500 milhões de doses. Acabamos de doar 20 milhões de seringas. Ganhei um passaporte diplomático da ONU”.
A CPI da Covid tem um bocado de material para se divertir, da reunião com Eduardo Pazuello ao passaporte diplomático do atravessador, passando pelas seringas.
No último dia 12, O Antagonista já havia antecipado que conversas obtidas pela CPI da Covid mostram que o presidente da República estaria envolvido pessoalmente na negociação dos imunizantes da AstraZeneca com Dominguetti e o reverendo Amilton Gomes de Paula: releia aqui.
Essas novas conversas somente reforçam como o governo Bolsonaro, enquanto rejeitava ofertas da Pfizer, abriu as portas para um policial militar que dizia ter vacinas para vender em meio a uma pandemia.
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