Sob crise, Marina vai a Nova York falar sobre clima
A ausência da ministra no Brasil ocorrerá em meio ao aumento das queimadas no país
O presidente Lula autorizou a viagem da ministra do Meio Ambiente Marina Silva a Nova York, entre os dias 21 e 27 de setembro, para participar da Cúpula do Futuro, durante a 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas. A ausência da ministra no Brasil ocorrerá em meio ao aumento das queimadas no país.A Cúpula do Futuro deste ano prevê debates sobre temas como direitos humanos e crise climática.
Em agosto, foi registrado quase metade do total de incêndios florestais do ano, segundo o Monitor do Fogo, da ONG MapBiomas. Foram queimados 5,65 milhões de hectares, o equivalente à cerca de 49% de toda a área devastada desde janeiro — uma extensão comparável ao tamanho do estado da Paraíba.
O Diário Oficial da União desta segunda-feira,16, traz a autorização para a viagem da ministra com previsão de “afastamento do país, com ônus, no período de 21 a 27 de setembro de 2024, inclusive trânsito, com destino a Nova York, Estados Unidos da América”.
Explicações no Congresso
Como mostramos, sob as críticas devido ao agravamento das queimadas no Brasil, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deve retornar ao Congresso Nacional para prestar esclarecimentos. Desta vez, sua ida está sendo negociada com a Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da Câmara dos Deputados.
Recentemente, ela participou de audiência no Senado Federal para tratar do mesmo assunto.
O presidente da comissão, Rafael Prudente (MDB-DF), confirma que está pleiteando uma visita da ministra ao colegiado após as eleições municipais. O requerimento de convite à ministra do governo Lula já foi aprovado. Embora não seja obrigada a comparecer, Marina indicou que está disposta a enfrentar o debate na comissão, que inclui tanto a base aliada da Esplanada quanto a ala bolsonarista.
Queimadas do amor no Pantanal
Dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que o Pantanal registrou, em menos de 15 dias, o maior número de focos de incêndio para o mês de junho desde 1998, o início da série histórica.
Segundo a plataforma BDQueimadas, alimentada com informações de satélites do instituto, foram 733 focos de incêndio registrados em todo o bioma até esta sexta-feira, 14 de junho.
No Brasil, o Pantanal se estende pelos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
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