Só dois corpos do acidente da Voepass ainda não foram identificados
Para acelerar o processo de identificação, o IML conta com o apoio de uma equipe composta por mais de 40 profissionais de diversas áreas
As autoridades confirmaram que 60 corpos das vítimas do acidente com o voo 2283 da Voepass foram identificados até a manhã desta quinta-feira, 15. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), 30 desses corpos já foram liberados para as respectivas famílias, que estão sendo informadas prioritariamente sobre o progresso das identificações.
A tragédia ocorreu na última sexta-feira, 9, quando o avião comercial do modelo ATR 72-500, transportando 62 pessoas, caiu em uma área residencial de Vinhedo, localizada no interior de São Paulo, durante o início da tarde. Infelizmente, não houve sobreviventes no acidente, o que intensificou o trabalho das equipes de resgate e identificação.
Desde então, a unidade central do Instituto Médico Legal (IML) tem se dedicado exclusivamente à tarefa de identificar os corpos das vítimas. A complexidade do trabalho, devido ao estado dos corpos, exige um esforço coordenado entre diversas especialidades.
Esforço conjunto na identificação dos corpos
Mais de 40 médicos especializados estão envolvidos no processo, que inclui profissionais de odontologia legal, antropologia e radiologia.
Além dos médicos, equipes do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD) também estão contribuindo significativamente para as identificações. O trabalho deles é crucial para complementar as análises e fornecer a confirmação necessária para que os corpos possam ser liberados.
Famílias rejeitam velório coletivo
Pelo menos 18 famílias de vítimas do acidente envolvendo o voo da Voepass, que residem na cidade de Cascavel (PR) e arredores, optaram por não aceitar a proposta da prefeitura local de realizar um velório coletivo no centro de eventos municipal. No total, 27 passageiros que estavam a bordo do avião moravam na região, mas a maioria das famílias decidiu por cerimônias mais reservadas, informou reportagem da Folha de S. Paulo.
Na última segunda-feira, 12, a gestão do prefeito Leonaldo Paranhos (Podemos) iniciou os preparativos para o velório coletivo. Foram instalados tecidos pretos para delimitar os espaços destinados aos parentes, além de providenciar vasos de plantas e móveis de apoio para os caixões. A intenção da prefeitura era oferecer um ambiente adequado para que todos os familiares pudessem prestar suas últimas homenagens de forma digna e unificada.
No entanto, a Secretaria de Assistência Social, que estava em contato direto com os familiares, informou que 11 famílias preferiram realizar as cerimônias fúnebres de forma privada.
Destas, quatro optaram por velar seus entes em cidades próximas: dois velórios acontecerão em Guaíra e outros dois em Toledo. Além disso, outros corpos serão levados para as cidades de Três Barras (PR) e Fernandópolis (SP). O piloto da aeronave, Danilo Romano, foi sepultado na zona leste de São Paulo, onde residia.
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